O mês de julho marca uma data reconhecida, no país, como uma referência importante e necessária para a luta das mulheres pretas. Com o objetivo de fortalecer a mulher preta, lutar contra o racismo e a violência de gênero, o Julho das Pretas tem como intuito colocá-las no centro dos debates políticos e sociais. E, para falar sobre a data, o Antonietas Podcast chega em seu oitavo episódio com duas entrevistadas especiais para debater o assunto.
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Antonietas Podcast aborda rotinas exaustivas e a sobrecarga de mulheres
Empreendedorismo feminino é tema do episódio do Antonietas Podcast
Para participar do bate-papo, as apresentadoras Sabrina Quariniri e Carol Fernandes recebem Karen De Pauli Nascimento, advogada e presidente e conselheira da comissão da mulher na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em Santa Catarina. Para ela, “é complicado a gente ter esse senso de pertencimento dentro da área jurídica enquanto mulher preta”.
— Primeiro porque muitas mulheres pretas não se veem assim e, segundo, porque para você ter uma oportunidade enquanto mulher preta envolve todo o questionamento de uma meritocracia. — Explica.
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Ela ainda lembra que quando ingressou na universidade, aqui em Santa Catarina, não via outras mulheres pretas na sala de aula. Foi somente quando migrou sua graduação para o Rio de Janeiro que passou a ter um maior senso de pertencimento àquele lugar.
Segundo dados do Ministério da Educação (MEC), as mulheres negras representam 31,5% de estudantes de graduação. Já a porcentagem de doutoras negras no âmbito educativo somam apenas 3% do corpo docente das instituições de educação brasileiras.
As estatísticas, para Karen, mostram que esse número é, ainda, muito reduzido. Para debater o assunto, as entrevistadoras também recebem Priscila Freitas, escritora, mestre em educação e co-fundadora do projeto Viva Monte Serrat, em Florianópolis, que tem como objetivo estimular o turismo em bases comunitárias da cidade.
Para a pedagoga, sua trajetória é marcada pelas vivências de toda uma família. Priscila lembra do apoio que recebia de seus avós durante a sua graduação, e que quando ela ingressou no mestrado ela sentia que aquela conquista não era somente dela, mas também de todos que estavam por trás para que aquele momento fosse possível.
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Ainda no âmbito das conquistas, a escritora afirma que o Julho das Pretas faz parte delas, mas que as mulheres pretas não devem apenas ser lembradas nesta data e, sim, ao longo de todas as suas caminhadas. “É necessário mostrar o quanto a gente é potente em qualquer lugar que ocuparmos e estivermos. Para mim isso é enriquecedor”, finaliza.
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Conheça mais do projeto Antonietas
A NSC estreou em maio de 2024 o projeto Antonietas, que visa ampliar voz, espaço e visibilidade a mulheres catarinenses que são destaque em suas áreas de atuação. O projeto inspirado em Antonieta de Barros terá conteúdos em todas as mídias, com múltiplos formatos. Mulher, jornalista, negra, professora e uma das primeiras mulheres a serem eleitas no Brasil, Antonieta teve, entre seus ideais, a emancipação feminina, firmada em 1979.
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Relembre como foi a estreia do projeto
O projeto surge com um holofote perene, inclinado para exemplos, histórias reais, iniciativas, discussões comportamentais que valorizam a mulher e a colocam no lugar onde sempre deveria ter estado: o de paridade.
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— Muitas mulheres vão se inspirar para ter força, coragem e determinação para ser quem elas quiserem ser. Tenho certeza que elas vão se ver neste projeto. A força da mulher catarinense está na vontade de vencer — destacou a vice-governadora.
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Veja o episódio completo pelo Youtube:
Ficha técnica
Este podcast é uma produção da NSC, através do NSC Total e CBN Floripa. A produção, roteiro e apresentação é de Sabrina Quariniri e Carol Fernandes. Equipe técnica é de Juliano Albuquerque de Lima, Guilherme Henrique e Ricardo Barreto. Direção de Imagem é de Romeu Kirchke. Imagens de Ana Paula Santos. Edição de Lucas Amorelli. Coordenação geral de Raquel Vieira e Daniella Peretti.
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