Com aproximadamente duas décadas de carreira como jogador profissional, Gasperin cativou incontáveis colegas de profissão, que hoje agora lamentam seu falecimento, ocorrida na manhã desta terça-feira, em Curitiba. O ex-goleiro, duas vezes campeão brasileiro pelo Inter e com passagem pelo Grêmio, tinha 57 anos e sofria de um câncer de intestino.

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Carpegiani, meio-campista do Inter nos anos 1970, lembra que o goleiro era respeitado no grupo:

– Era um profissional espetacular. Um astral muito bom, sempre alegre. Ao mesmo tempo, era muito sério, muito respeitado por todos. Tanto que sempre era o presidente da caixinha (multa disciplinar aos jogadores administrada pelos próprios jogadores), representante do grupo. Com ele não tinha meio-termo. Era sério e também brincalhão, quando tinha que ser. Uma pessoa excepcional, um profissional consciente. Lamento que esta fatalidade tenha ocorrido tão cedo.

Batista, outro integrante daquele time vencedor, reforça as palavras de Carpegiani.

– Era um sujeito boa-praça. Lembro sempre dele de bom humor. Nunca o vi de mau humor ou em situação de hostilidade. Esta era uma característica forte dele – conta o ex-volante.

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Segundo Batista, o temperamento de Gasperin influenciava positivamente o trabalho:

– Ele ficou muito tempo no banco, principalmente do Benítez. Mas era um cara tão de boa paz que nunca se rebelou com a condição de reserva. Treinava muito e estava sempre em forma para quando precisasse entrar.

Gasperin jogou no Grêmio em 1975 e no Inter de 1976 a 1981, conquistando os títulos brasileiros de 1976 e 1979 e o vice da Libertadores em 1980.