O antigo posto fiscal de Apiúna, no Vale do Itajaí, às margens da BR-470, dará lugar a uma feira hortifruti, café colonial e serviços para turistas e agricultores. As obras já estão em andamento e a expectativa da prefeitura é que a entrega do novo espaço ocorra em até três meses. O local, em desuso há 15 anos, acabou deteriorado pelo tempo e por usuários de drogas.
Continua depois da publicidade
> Clique aqui e receba notícias do Vale do Itajaí pelo WhatsApp
O prefeito de Apiúna, Marcelo da Silva (PL), conta que a ideia surgiu de uma enquete no Facebook. Ao questionar os internautas sobre o que deveria ser feito com o espaço, a maioria dos comentários indicou a necessidade de um lugar para os agricultores. O projeto foi feito, o recurso junto ao governo do Estado foi obtido e em menos de um ano a ideia começou a sair do papel.
— As secretarias de Turismo e Agricultura vão ser instaladas lá. Nos estandes, os agricultores vão poder escoar os produtos deles — detalha o prefeito.
Isso significa que quem passar próximo ao Km 99 da rodovia encontrará um ponto de parada com alimentação, feirinha, informações sobre a cidade e um “cartão postal”, na definição de Marcelo: uma parte da ponte de ferro da antiga Estrada de Ferro Santa Catarina ficará exposta no terreno.
Continua depois da publicidade
Ainda não se sabe quantos agricultores participarão da feira. Esses e outros detalhes, como a escolha da empresa responsável pelo café colonial, serão definidos depois que a obra for entregue.
O que o novo espaço terá
- Secretaria Municipal de Agricultura
- Secretaria Municipal de Turismo
- Feira de Agricultores
- Café Colonial
- Ponte de ferro histórica
- Estacionamento
Problema antigo
Até 2007, o local abrigava um posto fiscal, que foi desativado quando o Estado concluiu que o número de apreensões de mercadorias ilegais feitas no trecho não justificava a manutenção da estrutura. Vazio, o prédio se tornou ponto de drogas e dormitório de andarilhos. O governo chegou a fazer a cessão à Polícia Rodoviária Federal em 2009, que não usou o espaço por conta da deterioração.
Após a requisição da prefeitura, foi cancelada a doação anterior e o local entregue ao município. A lei que autorizou a transferência foi sancionada em 2011. Desde então, a prefeitura trabalhou em projetos de captação de recursos. Um deles, de uma praça de lazer, ficou no quase. O anúncio foi feito em 2012, mas houve um bloqueio de investimentos por parte do Estado e a obra não avançou.
Continua depois da publicidade
Agora, com dinheiro no caixa, a reforma está garantida. O governo do Estado liberou R$ 750 mil, com contrapartida da prefeitura de R$ 21 mil, podendo chegar a R$ 100 mil, calcula Marcelo.
Obra uruguaia
Em pesquisa acadêmica, a estudante de Arquitetura e Urbanismo, Jéssica Xavier da Silva, mostrou a importância da obra do posto fiscal para a história da cidade. A construção de 1979 é de autoria do engenheiro uruguaio Ariel Valmaggia.
“A característica construtiva de cerâmica armada com formas curvilíneas e ousadas é parte de uma história importante nas áreas de arquitetura e engenharia, e é dificilmente encontrada em obras no Brasil”, escreveu a universitária.
Acesse também
Qual o segredo da lotérica que virou fábrica de fazer milionários em Blumenau
Continua depois da publicidade
Começam as apostas da +Milionária, nova loteria com prêmio mínimo de R$ 10 milhões