A sessão desta quarta-feira marca a entrada em cena dos réus mais importantes do processo do mensalão no Supremo Tribunal Federal (STF): a antiga cúpula do PT. Será a vez de o relator do caso, o ministro Joaquim Barbosa, analisar a situação do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, do ex-presidente nacional do PT José Genoino e do ex-tesoureiro da sigla Delúbio Soares, quanto à corrupção ativa.

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Na prática, a fatia do julgamento que se inicia hoje se refere à compra de apoio de partidos aliados por parte do governo Lula. Na segunda-feira, o plenário concluiu pela condenação de 12 de 13 réus ligados aos partidos aliados, confirmando o entendimento que, de fato, houve compra de votos.

Assim, a partir de hoje nas próximas sessões – a análise deste trecho deve se prolongar por pelo menos mais cinco sessões, o que será possivelmente concluído na sessão de 15 de outubro -, os ministros analisar os corruptores.

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Além dos três petistas, serão julgados neste item o ex-ministro dos Transportes Anderson Adauto (ex-PL) e outros seis réus ligados à agência de publicidade SMP&B, de propriedade de Marcos Valério.

Os réus

Petistas e aliado:

José Dirceu (ex-ministro)

José Genoíno (ex-presidente do PT)

Delúbio Soares (ex-tesoureiro do PT)

Anderson Adauto (ex-ministro, PL)

Núcleo publicitário

Marcos Valério (publicitário)

Ramon Hollerbach (sócio)

Cristiano Paz (sócio)

Geiza Dias (gerente da SMP&B)

Simone Vasconcelos (publicitária)

Rogério Tolentino (advogado)

– O reexame de uma condenação penal é uma garantia que, além de resguardar o direito a ampla defesa, tem o papel de permitir a qualquer réu contrapor, dentro de um ambiente democrático, aos argumentos utilizados para a condenação – afirmou Costa Neto.

Na entrevista desta tarde, Valdemar afirmou que continuará exercendo o mandato de deputado e não considerou a hipótese de ir para a prisão:

– Não, de jeito nenhum. Vamos ganhar isso aí.

Ele disse que continua deputado e que há ainda vários recursos a serem apresentados na Justiça contra a condenação.

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Valdemar foi condenado pelo STF por corrupção passiva, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro. Ele disse que o crime que cometeu e que assume foi o eleitoral, seguindo a tese de que houve uso de caixa dois na campanha e não pelo pagamento por apoio político no primeiro governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

– Não sou inocente. Mas também nunca vivi de lavagem de dinheiro, corrupção ou formação de quadrilha. Apenas fui condenado pelo crime errado – afirmou o parlamentar.

Na entrevista, Costa Neto atribuiu a responsabilidade pela origem do dinheiro ao então tesoureiro do PT, Delúbio Soares, inocentando Lula, o ex-ministro José Dirceu e o ex-presidente do PT José Genoino.

– Após a posse, o Lula e muito menos o José Dirceu nunca mais tocaram no assunto. O Lula já não tinha tocado. O Zé Dirceu com quem tratei da coligação do PT com o PL nunca, depois que assumiu a Casa Civil, tratou de assunto de dinheiro comigo. Era tudo com o Delúbio. E nunca também com o Genoino. O Genoino não sabe nem o que é dinheiro – disse Valdemar.

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