Com uma temporada inteira pela frente, e a primeira competição a menos de um mês de começar, todo cuidado é pouco para deixar os atletas em ponto de bala para o Campeonato Catarinense, mas sem desgastá-los demais antes da hora. Para os jogadores do Figueirense, que voltaram das férias na tarde de quarta-feira, esta quinta-feira foi destinada a uma bateria de exames clínicos.
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– Hoje não treinamos, mais cedo fiz exame de sangue, esteira e agora o isocinético – conta o recém-chegado Ricardinho, meia que pertence ao JEC e atuou pelo Criciúma no ano passado.
E ele se esforça para empurrar o peso da máquina com o máximo de sua força. Uma, duas, três, quatro, cinco vezes. Repete a série. Troca de perna. Enquanto isso, o computador vai registrando tudo, peso, força, intensidade, potência. Até transformar em gráfico a força do quadríceps.
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– É pesado. Mas pior é quando temos que fazer nessa mesma máquina um teste de resistência, que são umas 30 vezes cada movimento. No final chega a dar cãimbra – brinca.
Mas é tudo por um bom motivo. O fisioterapeuta Robson Scoz, que acompanhou o teste isocinético na clínica Centro Winner, explica a importância do exame:
– O equipamento mede a força muscular para identificarmos desequilíbrios entre um grupo muscular e outro. No esporte de alto rendimento esses desequilíbrios são um risco de lesão. Se indentificarmos algum problema encaminhamos para o clube preparar um treino que compense esses déficits na academia. Isso reduz muito os riscos, ao longo da temporada, de uma distensão muscular, uma contratura ou a ruptura de um ligamento, por exemplo – avalia o especialista, que também recebeu os atletas do Avaí esta semana.
Depois de um intervalo de mais de um mês desde o fim do Brasileirão, não dá para descartar esse processo.
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– Alguns atletas mantém um certo nivel de atividade, outros não. Então pegamos tanto os profissionais que já eram do clube como os novos e fazemos algumas avaliações de praxe. A isocinética é para ver a parte muscular, já o ecocardiograma e o teste de esteira para avaliar a parte cardiológica, se tem alguma anormalidade, e ter uma ideia de como está o condicionamento deles – afirma Cassio Alves Konrath, médico do Figueirense que esteve com os atletas na clínica.
Na sexta-feira, o grupo será entregue aos preparadores físicos Marcos Seixas e Norberto Cabral e o fisiologista Tiago Cetolin, que farão os testes físicos nos 30 atletas do plantel comandado pelo técnico Argel Fucks.