No dia seguinte à consagração nas urnas — 2.644.177 votos, 71,9% dos votos válidos —, o governador eleito Carlos Moisés da Silva (PSL) foi entrevistado pelo Notícia na Manhã desta segunda-feira. Tranquilo, com a voz ainda anasalada em função da infecção nas vias aéreas que o levou a cancelar a agenda final de campanha, ele reforçou a proposta de realizar uma reforma administrativa, para tornar o governo mais ágil e enxuto, antes de definir os nomes da equipe que vai administrar Santa Catarina pelos próximos quatro anos. A ideia é solicitar ao atual governador Eduardo Pinho Moreira (MDB) que encaminhe o projeto à Assembleia Legislativa este ano.

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Na montagem do governo, Moisés promete valorizar servidores de carreira, que tenham capacidade e honestidade:

— Acredito muito nos servidores públicos. Existem servidores exemplares e outros nem tanto, como em todas as áreas. Tenho convicção de que temos muitos servidores de grande valor, que são quem toca o Estado.

Moisés se filiou ao PSL em março. Nunca havia concorrido a um cargo eletivo. Convidado pelo vereador em Tubarão Lucas Esmeraldino, inicialmente entrou para ser tesoureiro da Executiva estadual. A candidatura nasceu a partir da decisão de ter candidato próprio e de referências espontâneas de outros filiados.

— As pessoas começaram a brincar, me chamavam de governador, mas eu rechaçava a ideia em um primeiro momento — contou.

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Durante a campanha, Moisés disse que começou a perceber a possibilidade de chegar ao segundo turno, a despeito dos sete segundos de televisão e de não ter usado recursos do fundo partidário. Por isso, garante que a vitória deixou de ser uma surpresa.

— É gratificante esse retorno do eleitor catarinense, aquele que nos depositou o voto da esperança, o voto da confiança, consolidando a ideia da renovação.

Moisés não espera tratamento privilegiado em função da relação com Jair Bolsonaro:

— O alinhamento é muito bom gera uma relação de confiança, mas o presidente tem de governar para o país todo.

Ouça a entrevista concedida ao jornalista Mário Motta: