A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) já arrecadou R$ 1,226 bilhão em bônus de assinatura por áreas leiloadas nas bacias de Parnaíba, Foz do Amazonas e Barreirinhas. O último setor ofertado, o SBAR-AP1, o primeiro a ser oferecido na bacia de Barreirinhas, é composto por seis blocos, dos quais cinco receberam lances.

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A petroleira do empresário Eike Batista, a OGX, levou o bloco BAR-M-213 por R$ 40 milhões, com conteúdo local de 40%, na exploração, e 60% na produção. A BG Energy foi a principal vencedora no setor. A empresa levou os blocos BAR-M-215 (R$ 50 milhões), BAR-M-217 (R$ 24 milhões), BAR-M-252 (R$ 148 milhões) e BAR-M-245 (R$ 42 milhões). O consórcio formado pela BP, Petrobras e Total não arrematou área no primeiro setor de Barreirinhas. O bloco BAR-M-256 não teve interessados.

O setor oferecido SFZA-AR2, de Foz do Amazonas, recebeu oferta para três de um total de 26 blocos. A Brasoil Manati arrematou o bloco FZA – 467 e o FZA-539 e a BHP Billiton levou o FZA-324. A Brasoil Manati pagou de bônus de assinatura R$ 4,5 milhões e R$ 8,02 milhões, respectivamente. A BHP pagou R$ 10,05 milhões.

O bônus total do setor somou R$ 22,604 milhões. A Brasoil se comprometeu com conteúdo local de 38% na fase de exploração e 56%, na produção, para os dois blocos. Já a BHP Billiton irá adquirir localmente 37% do total investido na exploração e 67%, na produção. O investimento previsto nas áreas, pela Brasoil e BHP, é de R$ 57,761 milhões.

A BHP Billiton arrematou o único dos seis blocos oferecidos no terceiro setor da bacia Foz do Amazonas. A empresa levou o bloco FZA-M-257 por R$ 20,1 milhões. A autarquia informou que a empresa previu investimento de R$ 52,2 milhões nos próximos anos.

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A ANP não recebeu propostas pelo bloco com maior bônus mínimo de assinatura do leilão, o FZA-M-261 (R$ 13.590.798,00). A diretora-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Magda Chambriard, disse que as bacias do Parnaíba e do Foz do Amazonas arrecadaram, juntas, R$ 869 milhões em bônus de assinatura. O investimento acumulado já passa de R$ 1,5 bilhão e o ágio, de 832%.

– Um sucesso absoluto. Até agora tivemos resultados expressivos – classificou o ministro de Minas Energia, Edison Lobão.

Ouro Petro arrematou o único bloco oferecido no setor SPN-O, na bacia do Parnaíba, o PN-T-165. Pela área, foi pago bônus de assinatura mínimo de R$ 10,43 milhões, para um valor mínimo exigido pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) de R$ 1,22 milhões. O conteúdo local foi de 70% na fase de exploração e 77% no desenvolvimento da produção. Também concorreu pelo bloco a Petra Energia, principal vencedora do leilão até agora.

Petrobras foi a grande vencedora da disputa pelo primeiro setor da Bacia Foz do Amazonas, a que atraiu mais interesse do setor até agora. A estatal entrou em dois consórcios. Junto com a Total e a BP, a Petrobras arrematou cinco blocos. Entre eles, o FZA-M-57, que recebeu lance de R$ 345,9 milhões, contra um bônus mínimo R$ 9,02 milhões. O valor representa um novo recorde na história dos leilões da ANP, superando a oferta de R$ 303 milhões feita pela italiana ENI pelo direito de exploração de um bloco de águas profundas na Bacia de Santos na 8ª Rodada de Licitações.

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A estatal entrou ainda em consórcio com a britânica BP, com a qual arrematou um bloco. Nessa disputa, a OGX, do empresário Eike Batista, e o consórcio formado pela Queiroz Galvão e a Pacific Brasil e Primier Oil, levaram um bloco cada uma. O primeiro setor na Bacia do Foz do Amazonas arrecadou R$ 750 milhões. A autarquia informou que as propostas preveem investimentos de R$ 1,518.009.000,00 para os próximos anos.

A 11ª Rodada de Licitações acontece neste momento no hotel Royal Tulip, no Rio de Janeiro.