A agência brasileira de petróleo (ANP) abriu um terceiro processo contra a Chevron por falhas na manutenção do poço operado no Campo do Frade, onde em 9 de novembro foi detectado um vazamento, informou a agência nesta sexta-feira.

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“A ANP processou ontem (quinta-feira) a Chevron por não tomar as devidas medidas de manutenção do poço 9-FR-50DP-RJS no campo de Frade”, localizado a 370 km da costa do Rio de Janeiro, disse que o organismo em nota postada em seu site.

Segundo o comunicado, uma equipe técnica da ANP identificou o descumprimento de premissas do plano de Desenvolvimento no Campo do Frade – aprovado pela agência durante a perfuração do poço -, o que deu origem ao vazamento de óleo no mar.

O vazamento de óleo foi detectado no dia 9 de novembro em um poço próximo ao Campo do Frade, operado pela petroleira americana a 1200 m de profundidade. De acordo com a ANP, foram despejados no Atlântico cerca de 3.000 barris de petróleo.

A agência estadual já havia aberto dois processos contra a petroleira: o primeiro por não cumprir o plano de abandono do poço e por não possuir o equipamento necessário para isso e, em seguida, por “omissão de informação” ao editar imagens da área do derramamento. O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) também impôs duas multas à Chevron por um total de 33,4 milhões dólares por danos ambientais e falhas no plano de emergência implementado durante o acidente.

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O governo brasileiro, por sua vez, está analisando outras sanções econômicas contra a companhia petrolífera. As autoridades brasileiras suspenderam em 23 de novembro todas as perfurações da empresa e devido ao vazamento a Chevron não terá permissão para explorar campos de petróleo em águas ultraprofundas no Brasil. A transnacional gerava 3,6% do petróleo produzido no Brasil (80.425 barris por dia) e 1% do gás natural, segundo dados oficiais.