Anotações do veranico de julho

O inverno gastou suas fichas no outono. É o que parece. De encarangar mesmo foi o outono. Tainhas a rodo – a ponto de perderem a graça e estarem sendo vendidas a menos de R$ 6. O outono rendeu peixes e imagens belíssimas que a verdadeira estação do frio, até agora, sequer empatou. Corre risco de não se recuperar. Quer ver friozão no inverno? Tente o Chile. Por aqui, a coisa virou.

Tempos estranhos. O inverno está quase primaveril. A vó, pessoa muito crente e temente, diria algo apocalíptico, porque ela adorava um drama, procurar refúgios na casa alheia em dias de trovoada como se nada fosse restar. É que não viveu para ver as lambanças destes dias em que elementos suspeitos e eleitos tramam nas grimpas do poder do País. Isto sim arrepia. Veranico em julho no País da propina e da deduração premiada… Tudo o que tinhas por fim dos tempos 40 e poucos anos atrás era fichinha, saudosa vó Isabel.

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Por aqui, LOT na veia. Nem todos – longe disso – sabem o que é. Mas todos – ou perto disso – têm opinião e palpites. Lei do Ordenamento Territorial. Botar ordem no território, presume-se. Pode isso, não pode aquilo. Onde? Por quê? Uns relutam ante a “ameaça” de terem a sombra de prédios perto de seus recantos urbanos. Outros engolem o que tiver que ser. Dilemas. Correr para onde? Dizem que o campeonato termina neste mês.

A semana será do passeio do fogo olímpico neste pedacinho do Norte em que está Joinville. O dia 13 será intenso, é a previsão que se vende. O trânsito tende a ser caótico com o fechamento de muitas ruas. Apesar de tudo, não será dia de fechar o comércio, exagero que chegou a ser cogitado. Que a tocha passe e a vida continue.

Malandro demais às vezes se atrapalha. Os sites de notícias exploraram neste fim de semana que três caixeiros morreram manuseando explosivos em caixas eletrônicos. Um em Blumenau – onde houve também criminosos feridos – e dois em Viamão-RS. Nas áreas de comentários destas notícias na internet, as pessoas pareciam comemorar gol. Na linha do “bandido bom…”