A presidente da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Solange Vieira, afirmou nesta sexta-feira que o número de atrasos e cancelamentos de vôos no feriado prolongado de Ano-Novo deve ser menor do que o registrado durante o Natal.
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Em entrevista coletiva no Aeroporto Internacional de Cumbica, em Guarulhos, Solange disse que somente problemas meteorológicos podem causar transtornos aos passageiros que embarcarão nos próximos dias.
– A situação está supertranqüila no Brasil todo. Se São Pedro ajudar, este fim de ano vai ser ótimo, vai todo mundo chegar a tempo para o Réveillon – disse ela.
Segundo Solange, 151 funcionários da agência estarão trabalhando, principalmente, nos aeroportos de Cumbica (Guarulhos) e Tom Jobim (Rio de Janeiro), dando prosseguimento à Operação Anac nos Aeroportos, que vai até 7 de janeiro.
– Nosso foco são os aeroportos com maior chance de problema. Na semana passada, nossa aposta eram os vôos domésticos. Hoje, como a gente acha que a demanda por vôos internacionais é muito grande, nossa preocupação maior é com Guarulhos e Galeão – explicou.
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Em um balanço preliminar da operação, a presidente da Anac comemorou os índices de atrasos e cancelamentos registrados entre 21 e 26 de dezembro. Para ela, a presença de diretores e superintendentes da Anac nos aeroportos e medidas tomadas pela Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero) e pelo sistema de controle de tráfego aéreo contribuíram para os bons resultados.
Segundo ela, o índice maior de atrasos e cancelamentos nos primeiros dias do feriado de Natal era esperado por três razões: a demanda de passageiros muito elevada, a alteração na malha de vôos do dia 20 para o 21 e as fortes chuvas em São Paulo e Rio de Janeiro.
De acordo com Solange, a partir de sábado, os problemas foram se diluindo e hoje percentual geral de atrasos é razoável – 7,7%, de acordo com balanço divulgado às 16h pela Infraero.
Conforme Solange, durante o Natal, não foi registrado nenhum atraso causado por falhas no controle aéreo. O maior motivo de problemas foi o atendimento na área do check-in.
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– Congonhas e Guarulhos já têm problemas de terminal e operam no limite da capacidade. Então, quando estamos em época de festas e as empresas operam com vôos lotados, é natural que tenhamos problemas para fazer check-in de todos os passageiros – avaliou.
Solange disse ainda que os problemas constatados pelos fiscais da Anac nos aeroportos durante o Natal e o Ano-Novo servirão de base para mudanças na regulação do setor da aviação civil.
– Nossa meta é 0% de atrasos. A gente espera que no segundo semestre isso seja atingido, disse.
De acordo com a presidente da Anac, empresas que não cumprirem regras poderão até perder a concessão das linhas.
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– Mais importante que a companhia pagar uma multa de R$ 5 mil, de R$ 10 mil ou R$ 20 mil é ela perder a autorização de voar naquele horário e naquela rota – destacou.