Neste ano, o bolso das famílias catarinenses deve ficar mais pesado. As altas dos combustíveis, da energia elétrica e seus impactos na inflação, que já está fora da meta, deve encolher os espaços no orçamento da casa para a maior parte da população.

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– Não é errado aplicar no cálculo do orçamento deste ano uma estimativa de 10% em alguns itens dos gastos da família – explica o especialista em gestão Financeira pela Fundação Getulio Vargas, Jailon Giacomelli, sócio da consultoria de planejamento financeiro Par Mais.

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Ele explica que o impacto previsto na inflação para 2015, hoje estimada em 7,5%, não pode ser aplicado diretamente aos gastos de uma família da classe média. Isso ocorre porque a inflação medida pelo IPCA se refere a uma cesta de determinados produtos. Não entram na conta despesas de lazer, como restaurantes e cinema, por exemplo.

O ponto chave para não ser pego de surpresa nesse ano cheio de incertezas para a área econômica está em fazer um orçamento bem feito, diz o consultor de finanças pessoais. Fazer o esforço de sentar toda semana para anotar, colocar os gastos no papel, “agora mais do que nunca”, afirmou.

Uma viagem que custe R$ 5 mil reais ao todo deve ser vista como uma despesa de R$ 400 por mês, e tem que estar no cálculo para ver se cabe no orçamento. O mesmo ocorre se a família tem o costume de ir cinco vezes por mês ao cinema. O ideal, para se preparar, é reduzir o número e substituir por outros programas mais baratos, como ir a um parque.

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A planilha de gastos da família tem que dividir o que é orçamento ordinário (aluguel, condomínio, luz, água, impostos, etc) e o que é eventual (lazer, restaurantes, cinema, compra de decoração para casa, móveis, eletrônicos, roupa, produtos estéticos,viagens, etc).

Com o aumento dos gastos com o primeiro, manter a estabilidade financeira pode depender de cortes no segundo.

– É uma hora de evitar de todos os jeitos dívidas. Quem tem, tentar cortar consumo para garantir o pagamento. Rever os gastos para evitar déficit (gastar mais do que recebe). E, com o corte, começar a juntar dinheiro para colocar em uma poupança ou em aplicações financeiras- explica Jurandir Sell Macedo, que tem doutorado em finanças comportamentais.

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