A Anistia Internacional criticou neste sábado a justiça venezuelana por ratificar a sentença de 14 anos de prisão contra o opositor Leopoldo López, por incitar a violência em protestos contra o governo do presidente Nicolás Maduro em 2014.

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A decisão de um tribunal de apelação contra López “é uma nova mancha na trágica historia de direitos humanos do país”, afirmou a organização em comunicado.

O dirigente opositor é “a vítima de uma perversa ‘caça às bruxas’ contra qualquer um que se atreva a estar em desacordo com o governo da Venezuela”, opinou Carolina Jiménez, da Anistia Internacional.

Na última sexta-feira, a corte resolveu confirmar a condenação diante de um recurso apresentado pelo líder do partido Vontade Popular contra a sentença de 13 anos e nove meses de prisão imposta em setembro de 2015.

Preso desde fevereiro de 2014, López foi declarado culpado de incitar a violência durante manifestações daquele ano, que tiveram 43 mortos.

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Para a Anistia, López “é um preso de consciência e deve ser liberado imediatamente e incondicionalmente” pois um processo contre ele “pode ter motivação política”, diz a nota.

Juan Carlos Gutiérrez, advogado de López, advertiu na sexta-feira que nos próximos 15 dias será apresentado um recurso de cassação aos tribunais venezuelanos e paralelamente eles recorrerão à ONU para “apresentar o caso de fudo”, sem dar maiores detalhes.

A defesa, que acusa a justiça de estar ao serviço do governo, argumento que houve “alteração maliciosa” do material probatório e “erros graves de procedimento” no julgamento condenatório, pelo que o que pediu a nulidade da decisão e a liberação do dirigente.

* AFP