Ratos circulando pelas ruas, animais mortos, mau cheiro e lixo boiando. Este é o cenário da capital gaúcha, Porto Alegre, após a água das chuvas começar a baixar. A situação pode ser vista nos bairros Menino Deus, Cidade Baixa e Centro Histórico. As informações são do g1.

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Por causa dos temporais, que atingem o Rio Grande do Sul há mais de duas semanas, o nível do Guaíba subiu e atingiu um nível histórico de 5 metros e 35 centímetros, o maior já registrado desde a enchente de 1941. Nos últimos dias, no entanto, o rio começou a baixar e a água em algumas regiões escoou.

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Isso porque, na situação atual, parte das ruas estão secas por conta das casas de bombas que voltaram a operar em Porto Alegre. De acordo com o g1, das 23 que compõem o sistema anticheias, 19 precisaram ser desligadas devido à enchente ou ao risco de choque elétrico. Atualmente, há nove em operação, segundo o Departamento Municipal de Água e Esgoto (Dmae).

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Em entrevista ao g1, moradores relatam o que têm visto ao circularem pelas ruas da capital.

— É muito barro e, de vez em quando, [a gente] vê um peixinho morto jogado assim pela rua. A água é um nojo, lixo boiando. Eu vi uma cena absurda, que era um monte de barata na parede correndo da água — descreveu o assistente de leilão imobiliário Mateus Marchant.

— São peixes mortos que estão aparecendo, outros animais, rato, e o cheiro dessa água. Isso é algo que jamais pensei que veria e que sentiria tão perto da minha casa. Jamais pensei que eu, morando em Porto Alegre, fosse ser uma refugiada climática — relatou  a auxiliar administrativa Nathália Sachett de Lima, que mora perto do Centro Histórico e tem evitado sair de casa.

Situação do Rio Grande do Sul

No total, 149 pessoas já perderam a vida em decorrências das chuvas no Rio Grande do Sul. Cinco dessas vítimas são de Porto Alegre e tratam-se de:

  • Érico Luis Dos Santos Cardoso
  • Julio Cesar Fitz De Oliveira
  • Sergio Luiz Sette
  • Vilmar Enar Lozado
  • Outra vítima não identificada

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O estado gaúcho também registra 143 desaparecidos e 756 feridos. No total, 1,9 milhão de pessoas foram afetadas pelas chuvas. Além disso, 70.772 mil pessoas estão em abrigos e 337,3 mil estão desalojados nas casas de familiares ou amigos.

Dos 497 municípios gaúchos, 437 relataram problemas relacionado ao temporal.

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