Após meses de investigação, a Polícia Federal de Itajaí prendeu um jovem de 22 anos suspeito de pedofilia. A prisão em flagrante ocorreu a partir do cumprimento de um mandado de busca e apreensão nesta quinta-feira no bairro Fortaleza, em Blumenau. Agentes encontraram uma grande quantidade de arquivos digitais com imagens contendo pornografia infantojuvenil armazenados em um notebook e em um HD externo.

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De acordo com a Polícia Federal, o rapaz, identificado com as iniciais L. P. S., é natural de Blumenau e já foi encaminhado ao Presídio Regional. Detido por armazenar as imagens, o jovem também é suspeito de abusar de menores de idade e de ser fornecedor desse tipo de material. Conforme informações do delegado Tales Teixeira Junior, o jovem trabalhava como palhaço em festas escolares e animador em festas infantis particulares. Hoje ele atua como cabo eleitoral de um candidato a deputado estadual.

– O fato dele ter trabalhado como palhaço em festas de crianças agrava a situação, pois o contato com os menores propicia a produção das imagens pornográficas – afirma.

A investigação

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A prisão de L. P. S. é resultado da Operação Glasnost, realizada pela Polícia Federal de Curitiba, no Paraná. As investigações, que começaram a ser feitas no segundo semestre de 2013, identificaram quase uma centena de brasileiros envolvidos com a produção e o compartilhamento de imagens relacionadas à exploração sexual de crianças e adolescentes na internet. A divulgação das imagens também era feita através de um site russo.

Segundo o delegado, a partir da identificação do suspeito em Blumenau, a Polícia Federal de Itajaí assumiu as investigações. A perícia do material apreendido vai revelar se o suspeito detido também compartilhava ou cedia as imagens pornográficas infantojuvenil para outros usuários.

– Hoje a banalização do compartilhamento de imagens íntimas alimenta a rede criminosa, sem contar que, em muitos casos, a divulgação das cenas pornográficas é consentida pelo autor. Isso só aumenta o número de ocorrências dessa natureza – alerta o delegado Tales.

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A pena para armazenamento, seja em computadores ou celulares, de imagens e cenas contendo pornografia infantojuvenil, tem pena prevista de um a quatro anos de reclusão. A disponibilização dos arquivos, inclusive através de programas como o Ares, Emule ou Kazaa, é de três a seis anos de prisão.