A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, se pronunciou através de nota na noite desta sexta-feira (6) após a demissão do ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida. Ela seria uma das vítimas das acusações de assédio sexual que foram divulgadas contra ele pela ONG Me Too Brasil na quinta (5).
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Na declaração, Anielle afirma ser preciso reconhecer a gravidade de episódios de violência e agir de forma imediata. Ela não cita diretamente Silvio Almeida, mas menciona a ação do presidente Lula, que exonerou o ministro do cargo depois que as acusações de assédio vieram à tona. A ministra também afirma que irá contribuir com as investigações, quando acionada.
“Não é aceitável relativizar ou diminuir episódios de violência. Reconhecer a gravidade dessa prática e agir imediatamente é o procedimento correto, por isso ressalto a ação contundente do presidente Lula e agradeço a todas as manifestações de apoio e solidariedade que recebi”, diz a ministra no comunicado.
Ela completa: “Tentativas de culpabilizar, desqualificar, constranger, ou pressionar vítimas a falar em momentos de dor e vulnerabilidade também não cabem, pois só alimentam o ciclo de violência”.
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Veja na íntegra a nota da ministra Anielle Franco
Silvio Almeida nega acusações de assédio sexual
Ministro Silvio Almeida é alvo de denúncias
O ministro dos Direitos Humanos do governo Lula, Silvio Almeida, foi exonerado do cargo na noite desta sexta-feira, um dia após denúncias de assédio sexual serem divulgadas pela ONG Me Too Brasil.
Uma das vítimas dos casos de assédio seria a ministra Anielle Franco. Silvio Almeida e Anielle Franco assumiram os cargos juntos, em janeiro de 2023, após a posse do presidente Lula.
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A decisão ocorreu após uma reunião entre Lula e Silvio Almeida na tarde desta sexta, em que o presidente disse considerar graves as acusações, impedindo a permanência dele na função. “O presidente considera insustentável a manutenção do ministro no cargo considerando a natureza das acusações de assédio sexual”, afirmou nota da Presidência da República.
Nesta quinta-feira, a primeira-dama Janja publicou nas redes sociais uma foto com Anielle Franco, em um sinal de apoio.
As denúncias de assédio foram divulgadas pela organização não governamental Me Too Brasil na quinta-feira (5). O relato envolveria casos que teriam ocorrido no ano passado. Nesta sexta, a Polícia Federal informou que abrirá um inquérito para investigar o caso.
*Com informações do g1 e da Folha de S. Paulo
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