A justiça de Angola fechou vários templos que pertencem a uma das igrejas mais importantes do Brasil, acusada de fraude e de atividades criminosas no país do sudoeste africano.

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A Igreja Universal do Reino de Deus (IURD) tem oito milhões de membros no Brasil e está presente em mais de 100 países do mundo, com templos em pelo menos 12 Estados africanos.

No último ano, quase 300 bispos angolanos da IURD se afastaram da liderança brasileira, denunciando práticas contrárias à “realidade de Angola e da África” e acusando a igreja de sonegação fiscal.

As denúncias levaram a Procuradoria Geral de Angola a abrir um processo penal contra a IURD em dezembro.

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O procurador-geral de Angola, Álvaro da Silva João, anunciou na sexta-feira (14) a apreensão de sete templos da IURD no país.

“Esta medida foi adotada porque nos autos há indícios suficientes da prática de delitos como associação criminosa, fraude fiscal, exportação ilícita de capitais, abuso de confiança e outros atos ilegais”, afirmou o procurador em um comunicado.

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As autoridades da IURD não comentaram até o momento a apreensão de suas propriedades.

Antes, a igreja negou as acusações dos bispos angolanos, que chamou de “difamatórias”.

A tensão aumentou em junho, quando um grupo de ex-membros da IURD assumiu o comando de mais de 80 templos na capital Luanda e nas províncias próximas.

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Fundada pelo bispo evangélico Edir Macedo em 1977, a igreja já foi alvo de polêmica por sua suposta participação em atividades ilícitas em outros países, incluindo denúncias de redes de adoção ilegal em Portugal e outros países de língua portuguesa.

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Macedo, dono de uma grande fortuna graças à organização, chegou a ser detido em 1992 sob acusações de charlatanismo e estelionato, que depois foram anuladas.