A deputada federal catarinense Angela Amin (PP) apareceu entre os parlamentares que se manifestaram a contra a PEC 135/19 do voto impresso na noite de terça-feira (10). É o que o “placar” do plenário mostrou, mas ela contesta. A parlamentar, após encerrada a sessão, argumentou ter cometido equívoco e reclamou de “erro no sistema”. A votação, que decidiu o futuro das eleições, terminou por volta das 22h, com rejeição da proposta.
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A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) previa que o voto seguisse por meio da urna eletrônica, porém, com a impressão de uma cédula de papel, que poderia ser conferida pelo eleitor e utilizada para futuras auditorias da votação.
O texto também pedia que a apuração ocorresse exclusivamente manual, com a contagem das cédulas em cada seção eleitoral ao final da votação.
Assim que a tensa sessão foi encerrada, Angela Amin se manifestou nas redes sociais, onde reafirmou posição favorável ao que considera ser um “voto auditável” e argumentou que “um erro no sistema” não permitiu retificar o equívoco.
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Na mesma publicação, a parlamentar disse estar com a consciência tranquila, por manter seu posicionamento – e intenção de voto – favorável a matéria. A reportagem procurou a deputada para comentar o resultado da votação no plenário, mas não conseguiu contato até as 23h30min.
Minha posição é clara: sou a favor do voto auditável!
— Angela Amin (@DeputadaAngela) August 11, 2021
Um erro no sistema não permitiu que eu retificasse o equívoco cometido durante a votação de hoje.
Estou com a consciência tranquila, pois meu voto e posicionamento permanecem os mesmos: favoráveis a matéria.
Anteriormente, Angela já havia declarado apoio a PEC nas redes sociais. Um dia antes da votação, na segunda-feira (9), chegou a publicar que “o que não é auditável, não é confiável” e disse a mudança traria “mais segurança ao eleitor e mais transparência e confiabilidade ao processo eleitoral”.
O que não é auditável, não é confiável. Me manifesto a favor do Voto Auditável, por acreditar que a medida trará mais segurança ao eleitor e mais transparência e confiabilidade ao processo eleitoral!
— Angela Amin (@DeputadaAngela) August 9, 2021Continua depois da publicidade
O texto já tinha sido rejeitado na comissão especial que analisou o tema semana passada, por 23 votos a 11. Mesmo assim, ele foi levado para votação em plenário.
A discussão da proposta ocorreu no mesmo dia que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) participou de um desfile de tanques de guerra em frente ao Congresso. A medida foi vista como uma forma de pressionar os parlamentares, já que o voto impresso se tornou uma das principais bandeiras do presidente nos últimos meses.
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