Angela Albino (PCdoB) protocolou na manhã desta terça-feira na Assembleia Legislativa recurso ao objeto da CPI das Águas. É a última tentativa da deputada de garantir que todos os contratos envolvendo a municipalização dos serviços de água em Santa Catarina sejam investigados pelos parlamentares.

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Na semana passada, parecer de José Nei Ascari (PSD) aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa considerou a CPI regular, desde que o objeto seja limitado aos contratos realizados em Palhoça. O recurso de Angela Albino tem de ser votado no plenário da Assembleia. O pedido pode entrar em discussão ainda na sessão desta terça-feira. Vai depender apenas do quórum.

– Essa discussão acabou polarizada entre o governo e a oposição – disse a deputada, que já admite nos bastidores a possibilidade de que seu recurso seja rejeitado.

A criação da CPI das Águas na Assembleia se arrasta desde o início de agosto, quando o deputado Maurício Eskudlark (PSD) questionou o objeto da investigação e adiou o início dos trabalhos. O recuo dos governistas surpreendeu até mesmo Angela Albino, que já tinha reunido as assinaturas de 19 parlamentares que garantiam a abertura da investigação – entre as assinaturas estava a do próprio Eskudlark.

A manobra foi atribuída a pressão de prefeitos que temem a repercussão da investigação e ao próprio interesse do governador Raimundo Colombo de manter uma agenda positiva no Centro Administrativo.

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