O presidente da Fiat e da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Cledorvino Belini, disse que as montadoras pediram ao ministro da Fazenda, Guido Mantega, uma reunião para discutir uma nova prorrogação da política de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) reduzido para compra de veículos.
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De acordo com ele, governo federal e montadoras ainda não conseguiram se encontrar devido às dificuldades de encaixar o encontro na agenda do ministro.
Belini destacou que, no período após a adoção do IPI reduzido para automóveis, as vendas cresceram 31% e que, do ponto de vista do mercado, a prorrogação seria benéfica para a indústria automotiva brasileira.
– O risco de não prorrogar é cair a média diária de vendas – afirmou, durante entrevista coletiva da Fiat, no 27º Salão Internacional do Automóvel de São Paulo. – Mas não vejo o governo reticente neste sentido.
Antes do IPI reduzido ser instituído (no final de maio deste ano), a média diária de vendas, segundo Belini, era de 12.300 unidades. Depois do benefício, a média subiu para cerca de 16 mil vendas diárias no país. Ele, no entanto, afirmou que outros fatores são necessários para impulsionar o mercado de automóveis no Brasil, como o destravamento do crédito e a utilização do compulsório dos bancos para estimular o financiamento.
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O vice-presidente da Anfavea e da Ford Brasil, Rogélio Golfarb, afirmou que a prorrogação ou não do benefício, que vai até dia 31 de outubro, vai depender do desempenho das vendas neste mês. Segundo ele, o número de emplacamentos em setembro apresentou um resultado “decepcionante”, ao recuar cerca de 30% ante agosto, mês que houve o recorde histórico do setor.