O uso da engenharia computacional na área da saúde vem aumentando consideravelmente nos últimos anos. Por meio de simulações digitais, é possível, por exemplo, prevenir ou melhorar o controle de aneurismas e tromboses. Essas e outras alternativas serão apresentadas durante o 10º Congresso Mundial de Mecânica Computacional (WCCM 2012), entre os dias 9 e 13 de julho, no Hotel Transamérica, em São Paulo.

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No evento, Marie Oshima, PhD em engenharia nuclear, e Pablo Blanco, engenheiro argentino residente no Brasil, vão apresentar alguns resultados de simulação computacional da circulação sanguínea no corpo humano. Os pesquisadores destacarão sua ligação com as doenças cardiovasculares como aneurisma cerebral e aterosclerose.

Por meio de imagens médicas – tomografia computadorizada e ressonância magnética -, aplica-se o modelo geométrico em 3D e descobre-se o fluxo e a pressão do sangue nas veias e, consequentemente, seus efeitos na circulação. Baseado nessas investigações, intervenções médicas poderão ser programadas para evitar doenças.

Em paralelo, estudos sobre implantes de válvulas cardíacas serão apresentados. O objetivo é mostrar como a simulação pode melhorar a geometria das válvulas e dos stents, a fim de evitar a geração de trombos e, consequentemente, formar a trombose.

– Hoje, os stents e as válvulas são colocados sem medir tamanho, espaço e diâmetro disponível. Se eles não forem estudados previamente, podem interromper ou prejudicar o fluxo sanguíneo, provocando doenças graves – explica Paulo Pimenta, professor da Escola Politécnica da USP e um dos estudiosos do tema.

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Para completar, mais de 60 novos trabalhos sobre próteses e articulações artificiais serão expostos, assim como simulações de células microscópicas.