Como último capítulo da franquia, Jogos Vorazes: A Esperança – O Final é o epílogo literal: não só para a série, mas para o ator Philip Seymour Hoffman, que nos deixou no dia 2 de fevereiro do ano passado. Ele tinha 46 anos. Interpretava Plutarch Heavensbee, um dos mentores de Katniss, que finalmente entende a liderança que deve exercer. Quais são as fatalidades numa guerra? – pode ser a pergunta principal da narrativa de Francis Lawrence. A cartilha da franquia é proveniente lá do quinto exemplar sobre o personagem Harry Potter, onde a política contaminou o universo fantasioso infantojuvenil. Desde então, Divergente, Maze Runner, Jogos Vorazes e tantos outros adaptados para o cinema se inspiram na obra de Orwell, 1984, para dar voz aos dissidentes e aos revolucionários. “Você está sendo vigiado”, e sua vida é entretenimento para a massa. Talvez a franquia de Katniss seja a mais forte, sob essa ótica, ainda que não seja à prova das falhas do subgênero. Confira o trailer:

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Especial 007: os melhores e piores momentos da franquia

Cineasta catarinense aposta no subgênero slasher com o terror “Condado Macabro”

Samba & Jazz

Hoje a Grande Florianópolis recebe o documentário Samba & Jazz, cuja narrativa propõe uma prosa documental para evidenciar sutilezas entre uma separação apenas “física” de duas expressões artísticas. Os esforços do diretor Jefferson Mello são recompensados na exposição dos retratados – ao refletir sobre política, sociedade e o resgate social dos jovens. Afinal, amor, respeito e influência são elementos diferentes em qual gênero? É na percussão que o paralelo é mais evidenciado, claro, mas a harmonia é a chave. Mello trata ambos os gêneros como entidades com suas próprias singularidades, deixando que a união provenha da linearidade dos temas: a história, a vestimenta, a percepção social. É de um de seus retratados a frase mais importante do longa: “Mesmo que não esteja tocando algo, você sempre pode sentir o ritmo. Consegue sentir em você”. No seu universo uníssono, assim, Jefferson Mello cumpre a sua principal promessa: ressaltar uma família fruto de apenas um ritmo e alguns instrumentos. Assista ao trailer:

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Fique de olho

Já é sabida a preferência das distribuidoras em deixar alguns dos principais lançamentos para o final ou começo de ano (quando se trata de material para premiações). Mas não é por isso que novembro deixa de guardar algumas expectativas. A seguir, cinco filmes que você ainda precisa ver neste mês:

A Visita: longa que tenta resgatar a tensão narrativa de M. Night Shyamalan (O Sexto Sentido), que parece desaparecido desde Sinais e A Vila.

Chatô – O Rei do Brasil: a volta do que não foi, como diria o dito popular. A obra de Guilherme Fontes, que ninguém esperou que ficasse pronta, finalmente dá as caras no circuito brasileiro. Depois de 20 anos.

Chico – Artista Brasileiro: novo documentário sobre Chico Buarque produzido pela Globo Filmes, no qual Miguel Faria Jr recria alguns dos passos percorridos pelo cantor.

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Joe: Nicolas Cage em uma das grandes atuações da carreira, dentro de um filme que passeia pelas ações de cada um de seus personagens e as consequências delas.

Olmo e a Gaivota: não perca o filme de Petra Costa, que está em cartaz em Florianópolis. É um dos grandes manifestos feministas que você verá neste ano.