Sem vitórias nos últimos quatro jogos da Série B do Campeonato Brasileiro e ocupando a nona colocação, o Figueirense tenta manter as esperanças de acesso à elite do futebol nacional. O discurso interno é de confiança, mesmo com a matemática apontando apenas 5,8% de chances de a equipe terminar a competição no G4. André Santos usa experiências do passado para auxiliar na motivação do grupo neste momento.

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– Ainda temos 10 jogos, não tem como não acreditar. Em 2006 eu joguei no Flamengo e precisávamos ganhar oito de nove jogos para sair do rebaixamento. Ganhamos os nove. Estamos falando de um acesso, uma competição que todos estão na briga. Fortaleza perdendo ponto, CSA perdendo ponto. Precisamos fazer nosso trabalho, encaminhar uma sequência de duas vitórias e estamos no campeonato. E ainda vão faltar oito. Enquanto existir chance matematicamente, não tenha dúvida que eu, o grupo e o Micale vamos acreditar – afirma André Santos.

– Não é a palavra certa desconforto. É muito difícil trabalhar e não receber, porém é um problema que o clube está tentando minimizar, sabemos a dificuldade que o Vernalha está tendo, mas ele coloca a cara, vem aqui, passa para nós, conversa da dificuldade com clube. Não é novidade para ninguém, sabemos que o salário está atrasado, mas temos a palavra dele, falou que vai pagar, quer pagar e está fazendo de tudo para viabilizar o mais rápido possível. Mas não por isso podemos jogar a toalha, deixar de trabalhar, treinar, competir. Pelo contrário, o futebol é o que nos move. Temos família, compromissos, mas precisamos ser profissionais, independente de problemas – garante o jogador, que fala também sobre a estrutura que encontrou no Scarpelli.

– Futebol brasileiro está evoluindo bastante nas últimas temporadas. Quando saí do Figueirense eu treinei muitas vezes no estacionamento, embaixo da arquibancada. Tem um CT incrível, academia, fisiologista, GPS, assessoria de imprensa. Fazer futebol é difícil, mas quando você passa por milhares e clubes, seleção brasileira, Arsenal, você conhece os melhores modelos. Mas a estrutura está bem perto, não está longe. Sempre pode melhorar em detalhes e o futebol é difícil de fazer, mas aos poucos vamos incrementando. O clube não tinha GPS, pessoal trouxe, fisiologista todo dia aí, o clube está estruturado – completa o meia.

André Santos fez a reestreia pelo Figueirense após 11 anos no empate em 2×2 diante do São Bento, saindo do banco de reservas. Na derrota para o Londrina no Estádio do Café voltou a entrar em campo no segundo tempo. Com apenas mais 10 jogos na temporada e contrato até o fim do ano, o atleta admite a vontade de estender o vínculo com o clube.

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– Estou feliz no clube e meu sonho era voltar para o Figueirense. Cada dia que eu chego tenho vontade de voltar mais. O Micale estava dando uma palestra e fiquei emocionado com as palavras que ele me falou, sei o quanto vou sentir saudade, o quanto me motiva, o quanto me faz feliz e o quanto eu gosto de jogar. Eu falei que eu queria parar daqui a um ano e meio, mas como estou me sentindo leve, tranquilo, fisicamente evoluindo, quero continuar aqui. Não quero sair do Figueirense para ir a outro clube, quero fazer parte do trabalho e daquilo que o presidente tem proposto a todo o grupo – completa André Santos.