A vitória da Chapecoense sobre o Avaí por 3 a 1, no sábado, colocou frente a frente dois grandes grandes amigos que vivem momentos distintos na carreira. Após o apito final, os ex-gremistas Marquinhos e Anderson Pico se abraçaram carinhosamente. O lateral do Verdão era só sorrisos, enquanto o amigo avaiano não escondia a decepção por mais um tropeço.
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– Você está feliz aqui? – perguntou Marquinhos.
A resposta de Pico foi totalmente positiva. Não só pela vitória de sábado, mas pela vitória pessoal. O lateral, que foi o segundo melhor da posição na Série A do ano passado e depois passou ao ostracismo de nem mais treinar com o grupo principal do Grêmio, viu na Chapecoense a chance de sua recuperação.
Apresentado em 30 de abril, fez no sábado, quase três meses depois, sua estreia diante do torcedor. A ansiedade era tanta que Pico revelou nem ter dormido na véspera da partida. Após um início nervoso, Pico mostrou a qualidade que dele se espera e teve participação direta em dois dos três gols, o suficiente para ter o nome gritado pela torcida.
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– Futebol eu não perdi, só precisava recuperar a parte física – disse na saída do gramado o lateral que, segundo Gilmar Dal Pozzo, encontrou no clube do Oeste o carinho que precisava para voltar a ser feliz.
Para Pico, terminar os 90 minutos de partida jogando com intensidade foi muito importante. Tanto que Marquinhos não foi o único a abraçá-lo após a bela apresentação: o presidente do clube, Sandro Pallaoro, também fez questão de ir até o jogador para dar os parabéns.
Já Marquinhos, que voltou de lesão após um mês parado, segue atrás de motivos para sorrir. Se eles existem, certamente não estão relacionados ao futebol: com nove pontos, o Avaí termina a segunda rodada consecutiva na zona de rebaixamento, amargando a 18ª colocação.
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Confira a entrevista com Anderson Pico depois da partida contra o Avaí
Diário Catarinesne: A torcida estava ansiosa por ver você jogar, imagino que a sua ansiedade deve ter sido ainda maior, não?}
Pico: Quase não dormi essa noite. Não que eu precisasse provar nada. Mas eu mesmo me cobrava. Foi muito bom. A Chapecoense foi o clube que me deu condições, deu tranquilidade. Agradeço à diretoria e a comissão técnica que me deram essa oportunidade. Agora que estar cada vez melhor para brigar pela titularidade.
DC: Percentualmente, em quanto você está de sua melhor condição?
Pico: Ainda não sei, mas em uma ou duas partida espero estar 100% e no mesmo nível dos demais.
DC: Você chegou acima do peso e algumas pessoa até duvidavam ou brincavam sobre a contratação. Você sofreu muito com isso?
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Pico: Levo numa boa. O que vale é o meu desempenho dentro de campo. Eu sempre dei o meu melhor dentro de campo.
DC:Como está sua adaptação a Chapecó?
Pico: Estou muito feliz aqui. Aqui tenho tranquilidade para jogar e para morar com minha esposa e para criar meu filho.