A Chapecoense não é fogo de palha e tem fôlego para buscar o acesso para a Série A do Brasileiro. Quem garante é o preparador físico Anderson Paixão, um dos responsáveis pela boa campanha do time na Série B.

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O sobrenome famoso na área, o histórico do trabalho e os resultados do time dão crédito para a afirmação. Contra o Paysandu, o time levou o empate aos 44 minutos do segundo tempo e foi buscar a vitória nos acréscimos. Diante do ASA, segurou a pressão na etapa inicial e, na complementar, aplicou 2 a 0. Em Joinville, saiu perdendo por 2 a 0 e empatou nos 45 minutos finais.

– Tento mostrar para os jogadores que o resultado no campo começa uma semana, 15 dias antes, com um bom treino, uma boa alimentação – explica ele, ao justificar o preparo físico que a equipe tem mostrado.

Na Chapecoense desde o final de 2011, trazido pelo diretor Cadu Gaúcho, Paixão recebeu a equipe do DC no apartamento que divide com a esposa, Ulkike Ohlweiler, e os filhos Jordie, de sete anos, e Johann, de cinco, no centro de Chapecó. Em um dos cômodos, há um minitatame, onde ele brinca com os dois meninos. Paixão já fez judô e muay thai e agora pratica jiu-jítsu. Portanto, é prudente os jogadores da Chapecoense fazerem os exercícios direitinho.

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– Brinco com eles que está no meu contrato ser um chato de carteirinha. Vejo o meu pai se preocupando com detalhes e tendo resultado. Aprendi com ele a ser detalhista – conta.

Filho de Paulo Paixão, referência em preparação física, ele queria estudar Publicidade, mas não passou no vestibular. Em vez disso, entrou em Educação Física. Aos 17 anos, estava na faculdade quando o Cruzeiro, de Porto Alegre, convidou-lhe para assumir as categorias de base. Acabou seguindo os passos do pai, de quem chegou a ser auxiliar no Inter, de 2003 a 2006, e no Grêmio, em 2010.

– Diziam que quando vencia era mérito dele, e quando perdia, a culpa era minha – lembra, rindo.

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Sem se importar com comparações, hoje ele curte as folgas com a família, que também mostra afinidade com a música. Como bom boleiro, Paixão gosta de pagode e não faz feio na percussão e no banjo. Ulrike pende para o clássico e toca violoncelo. Mas, mesmo com essas diferenças, a família mostra que está afinada. Assim como o time da Chapecoense.