As crescentes reclamações de usuários motivadas pela interrupção do Speedy fizeram com que a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) determinasse a suspensão da comercialização desse serviço de banda larga. Em caso de descumprimento, a Telefônica terá de pagar R$ 1 mil para cada acesso comercializado. As informações são do site G1.
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Em decisão divulgada nesta segunda no Diário Oficial da União, a Anatel afirma que a interrupção vai “desde a data de notificação da decisão até que a empresa declare que foram implementadas medidas que assegurem a efetiva regularização do serviço e que a Anatel a comprove”.
A agência também determinou que a Telefônica apresente em 30 dias um plano para garantir a disponibilidade do serviço conforme o contrato oferecido aos assinantes. “Inclusive planejamento de contingência, gerenciamento de mudanças, implantação de redundância de redes e sistemas críticos, planejamento operacional e cronograma, que indique data a partir da qual estejam implementadas medidas que assegurem a regularidade do serviço”, diz a determinação.
A empresa também terá de informar aos interessados na aquisição, enquanto durar a proibição da comercialização, que “em razão da instabilidade da rede de suporte ao serviço Speedy, a Anatel determinou a suspensão, temporariamente, da sua comercialização”.
Caso a Telefônica não apresente um plano em 30 dias e não avise os possíveis clientes sobre o motivo da proibição, a Anatel fixa multa de R$ 15 milhões à Telefônica, além dos R$ 1 mil para cada novo acesso comercializado.
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Reclamações
As determinações da Anatel foram motivadas pelas reclamações de clientes do Speedy, que recentemente enfrentaram instabilidade. Em setembro do ano passado, um “apagão” no serviço afetou usuários domésticos, além da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, o Detran, a Receita Federal e delegacias de São Paulo.
As reclamações, afirma a Anatel, motivaram a abertura de procedimentos para apuração de descumprimento de obrigações, considerando as consequências das diversas interrupções. A agência lembra que deve ser comunicada sobre os motivos das falhas e as ações para normalização do serviço, caso o problema dure mais de três dias consecutivos e atinja mais de 10% dos assinantes. Além disso, afirma ainda que o assinante tem direito de resposta “pronta e eficiente” as suas reclamações pela prestadora de serviço.