A segunda pesquisa Quaest de intenção de votos para prefeito de Florianópolis, divulgada nesta terça-feira (17) pela NSC, mostrou o atual prefeito Topázio (PSD) ampliando a liderança e uma disputa acirrada entre Dário (PSDB) e Marquito (PSOL) pelo segundo lugar. A posição é cobiçada por poder levar a um eventual segundo turno.

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Os dois personagens mais conhecidos da corrida pela prefeitura parecem ter situações distintas no momento. Para Topázio (PSD), a principal tarefa das próximas semanas de companha deverá ser consolidar o eleitorado que vem demonstrando preferência pela continuidade do governo — a aprovação da gestão aumentou na comparação com a pesquisa de agosto. Para isso, lembranças das entregas recentes do governo e a defesa do perfil descontraído do candidato nas redes sociais como forma de se aproximar do cidadão já vêm sendo estratégias observadas no horário eleitoral.

Para Dário, uma lição de casa deverá ser reverter a rejeição dos eleitores que afirmam conhecê-lo, mas não considerar o voto nele nas eleições de outubro. O índice, que já era o maior na primeira pesquisa Quaest, no fim de agosto, aumentou e agora chegou a 51% dos eleitores entrevistados. O candidato vem evocando obras viárias entregues nos seus mandatos e contando com o aliado Gean Loureiro para reivindicar a paternidade de projetos iniciados na gestão do antecessor. A Topázio e Dário, a campanha é fundamentalmente baseada em prestação de contas e comparações de governos.

Mas o levantamento mostra em especial que os outros três candidatos dos maiores partidos têm um desafio claro na reta final da campanha em Florianópolis: apresentar-se ainda mais ao eleitor.

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Marquito (PSOL), Pedrão (PP) e Lela (PT) têm em comum o fato de possuírem mais eleitores que dizem não conhecê-los do que os que os conhece, mas rejeita, ou conhece e considera votar neles no dia 6 de outubro.

Entre os três candidatos, Pedrão tem o maior potencial de voto, como é chamado o grupo que afirma conhecer o candidato e considerar votar nele nas eleições. Foram 33% com essa resposta. Outros 30% disseram conhecê-lo e não considerar um voto nele — a chamada rejeição. No meio disso, estão 35% dos entrevistados que disseram não conhecê-lo. A esse grupo, portanto, não é perguntado se considera ou não o voto, uma vez que afirmam não saber de quem se trata o concorrente.

No caso de Lela (PT), o candidato tem o menor potencial de voto entre os três, com 21% (cinco pontos a mais que na última pesquisa), mas em contrapartida ele é o mais desconhecido do trio. São 49% dos entrevistados que disseram não conhecer o candidato petista (no levantamento anterior, eram ainda mais, 62%). Em tese, esses eleitores são considerados importantes por representarem oportunidades de novos votos.

Marquito é quem aparece em uma posição intermediária, com 28% de potencial de voto, 33% de rejeição e 38% de quem diz não saber de quem se trata. Entre os outros candidatos, o percentual de eleitores que dizem não conhecê-los chega a mais de 80%, situação explicada pelos partidos de menor expressão e por, à exceção de Portanova (Avante), estrearem em eleições municipais em Florianópolis.

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Candidatos têm as maiores margens

Nuances à parte, entre os cinco primeiros colocados na pesquisa os três são os que têm as maiores margens para ainda “se apresentarem” ao eleitor, mesmo a menos de 20 dias das eleições. Os níveis de rejeição do trio são próximos do experimentado pelo atual prefeito, na casa dos 30%. A diferença no desempenho da pesquisa de momento reside na parcela de quem ainda não os conhece.

Marquito, Lela e Pedrão são ex-vereadores. O candidato do PSOL tem até mesmo mandato em andamento como deputado estadual, e Pedrão também chegou a assumir uma cadeira na Assembleia Legislativa, temporariamente, por ser suplente do partido. Ainda assim, uma parcela dos eleitores ainda afirma desconhecê-los, ou no mínimo não saber o suficiente sobre as suas trajetórias.

Diante desse cenário, as estratégias recentes dos candidatos no horário eleitoral têm sido distintas, assim como o posicionamento ideológico dos três. Pedrão, por exemplo, tem apostado em críticas ao grupo político que comanda a prefeitura, enquanto Lela invoca a figura de Lula e possíveis parceria com o governo federal. Envolvido na briga direta com Dário pela possível vaga no segundo turno, Marquito tem usado o pouco tempo na TV para levar os eleitores às redes sociais da campanha, onde cita projetos apresentados como parlamentar.

Já conhecidos e testados na prefeitura da Capital, Topázio e Dário têm imagens mais formadas na percepção dos eleitores da Capital — seja para um voto em potencial ou para a rejeição. Figuras mais novas na política e que inclusive apelam à renovação, Marquito, Lela e Pedrão têm as próximas três semanas para apresentar em definitivo o cartão de visitas ao eleitorado. Quem são, como agem, o que fizeram, o que pensam sobre a cidade e o mundo, quais figuras apoiam e validam a sua experiência para comandar a prefeitura.

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Para quem vê o copo meio vazio, o tempo pode ser curto para mostrar tudo isso e conseguir fazer o eleitor se familiarizar a ponto de confiar o voto aos novos rostos. Para quem vê o copo meio cheio, os três candidatos podem ter com esses grupos a maior margem para buscar os votos que levem à sonhada arrancada na reta final da campanha. De um ponto de vista ou de outro, até 6 de outubro os dados ainda estarão rolando.

Potencial de voto e rejeição de candidatos em Florianópolis

Quem são os candidatos a prefeito de Florianópolis em 2024

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