O macaco bugio encontrado morto em Corupá, no Norte de Santa Catarina, no dia 1º de março deste ano não estava infectado pela febre amarela. O resultado da análise feita no corpo do animal foi divulgado nesta segunda-feira (9) pelo Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen), de Florianópolis.

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O exame foi encaminhado pelo Lacen ao Instituto Carlos Chagas (Fiocruz) do Paraná e serviu para descartar a infecção. À época em que o macaco foi encontrado morto, a Secretaria de Saúde de Corupá avisou a população local para monitorar e comunicar casos semelhantes nas redondezas.

Segundo o secretário de Saúde de Corupá, Irineu Pasold, esse é o segundo caso de macaco encontrado morto no município desde o ano passado. O primeiro foi achado em setembro de 2017, mas depois de análises feitas também não foi confirmado qualquer indício de febre amarela. Já sobre o macaco encontrado morto em março, a suspeita é de que o animal possa ter morrido em decorrência de um choque elétrico.

O secretário explica ainda que o resultado negativo para a febre amarela deixou a equipe da Secretaria mais tranquila, apesar de todos os procedimentos de prevenção terem sido tomados antes mesmo do resultado chegar.

A secretaria orienta que, caso algum macaco morto seja encontrado, deve-se entrar em contato com a Saúde do Município por meio dos telefones: 3375-1234 ou 3375-2161.

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A febre amarela e os macacos

A febre amarela é uma doença infecciosa grave causada por vírus e transmitida principalmente por mosquitos de áreas urbanas ou silvestres. Geralmente, quem contrai este vírus não chega a apresentar sintomas ou os mesmos são muito fracos.

As primeiras manifestações da doença são repentinas: febre alta, calafrios, cansaço, dor de cabeça, dor muscular, náuseas e vômitos por cerca de três dias. A forma mais grave da doença é rara e pode ocorrer insuficiências hepática e renal, icterícia (olhos e pele amarelados), manifestações hemorrágicas e cansaço intenso. A maioria dos infectados se recupera bem e adquire imunização permanente contra a febre amarela.

Os macacos não transmitem o vírus da febre amarela. Pelo contrário. São tão vítimas quanto os humanos. E ainda cumprem uma função importante: ao contraírem o vírus, transmitido em ambientes silvestres por mosquitos do gênero Hemagogo, eles servem de alerta para o surgimento da doença no local.

Desse modo, contribuem para que as autoridades sanitárias tomem logo medidas para proteger moradores ou pessoas de passagem na região.

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