O diretor-presidente da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Marcelo Guaranys, afirmou nesta quarta-feira que o governo não irá estabelecer um teto para as passagens aéreas a fim de evitar aumentos abusivos de preços durante a a Copa do Mundo. Conforme Guaranys, a legislação não permite uma medida desse tipo.

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– Na legislação atual, não existe teto. A lei da Anac estabelece a liberdade tarifária. Qualquer outro debate tem que ser feito, eventualmente, a partir de uma alteração da lei. No entanto, a liberdade tarifária gerou um benefício muito grande para o país, que foi justamente a queda no preço das passagens – disse o presidente da agência reguladora.

Para Guaranys, é preciso observar que as empresas aéreas só irão organizar a oferta de voos depois que houver o sorteio dos jogos para a Copa, programado para o dia 6 de dezembro:

– Ainda é cedo pra gente ver como serão comercializados os voos na época da Copa, justamente porque as empresas ainda vão ofertar seus voos. Acreditamos que a partir da apresentação das malhas aéreas, ou seja depois do sorteio, teremos maior oferta de voos. Com mais oferta, tendemos a ter preços mais baratos.

Pesquisa feita por Zero Hora considerando diferentes trechos e companhias aéreas, tendo Porto Alegre como origem e destino, mostra uma variação abrupta de preços. Uma passagem para o Rio, por exemplo, que custa R$ 261,57 para partida em maio, passa para R$ 1.771,57 no dia 12 de junho, quando começam os jogos. O dirigente da Anac, no entanto, espera que os preços das passagens aéreas para a Copa do Mundo de 2014 não estejam tão altos, a partir de janeiro, como às tarifas verificadas atualmente para o mundial.

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