Passados cinco meses da chegada dos primeiros estrangeiros do programa Mais Médicos, os relatos das pessoas atendidas demonstram a decisão muito bem pensada e acertada do governo federal. Na minha cidade, Blumenau, embora o prefeito tenha baixado um decreto proibindo a atividade profissional sem revalidação do diploma, os exemplos no Vale do Itajaí registrados neste período mostram o quanto esta decisão estava equivocada. A intenção do Ministério da Saúde sempre foi a de levar atendimento médico de qualidade a regiões mais carentes, municípios do interior e periferias das grandes cidades.

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Há municípios em que o número de médicos duplicou, e a avaliação da população é extremamente positiva. O atendimento é diferenciado, muitas vezes amigável, caloroso e não há mais falta de clínicos gerais nos postos de saúde. Itajaí, por exemplo, recebeu 10 médicos e Navegantes seis. Em Brusque, o número de equipes passou de 20 para 25; em Gaspar, três médicos se dividem em dois postos nos bairros. A região do Vale conta com 50 médicos vindo do Brasil e de outros seis países. Os modelos de medicina da família de Cuba, Canadá e Inglaterra estão entre os melhores do mundo e é inegável que o intercâmbio é importante para melhorar a saúde pública brasileira.

O idioma, inicialmente apontado como obstáculo, não tem sido alvo de reclamações. Desejamos vida longa ao Mais Médicos, que ele seja cada vez mais qualificado, com mais infraestrutura para a rede de saúde – aliado à abertura de novas faculdades de medicina em condições seguras e adequadas de oferecer o curso e com a garantia de vagas de residência para todos os médicos em especialidades que atendam as necessidades do SUS e, especialmente, dos brasileiros.”