Pela primeira vez, o motivo que traz Ana Botafogo a Joinville, no dia 8 novembro, não é o Festival de Dança de Joinville. Pelo menos em parte. A primeira bailarina do Ballet do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, que tanto já contribuiu com o evento, desta vez vem para ser homenageada com o título de cidadã honorária e para lançar a exposição comemorativa aos seus 30 anos de carreira.

Continua depois da publicidade

– Fiquei super feliz quando soube do título. Tenho uma relação de muito carinho com a cidade, porque consegui ver o Festival de Dança bem no comecinho -, afirma a bailarina, que já foi convidada para fazer parte da 30ª edição do evento, em 2012.

No auge da fama, Ana Botafogo começou sua participação na quinta edição do festival, em 1987. Com o balé “La Bayadère”, em que dividia o palco com Jair Moraes, a bailarina fez sua primeira aparição na cidade, sendo ovacionada por mais de 15 minutos.

O festival, que naquela época era apenas uma criança, começava a estreitar uma relação que permanece até os dias de hoje.

Continua depois da publicidade

A última vez que Ana veio à cidade foi em 2008, quando se apresentou no seminário de dança contemporânea, ao lado da crítica Silvia Soter.

– Participei umas seis ou sete vezes do Festival de Dança, em diferentes momentos, com ?La Bayadère?, ?Don Quixote?, ?Esmeralda? e ?Giselle?, que é um marco, pois foi o primeiro balé completo apresentado no festival -, lembra.

Antes de vir a Joinville, em outubro, a bailarina participa do Jaraguá em Dança, em Jaraguá do Sul. A cidade vizinha será a primeira a receber a exposição que faz parte do Projeto Dança In Foco, do produtor Darling Quadros. Em Joinville, a iniciativa tem patrocínio do Sistema Municipal de Desenvolvimento pela Cultura (Simdec).

Continua depois da publicidade

A mostra conta a história da bailarina no Brasil e exterior por meio de condecorações, figurinos, críticas, fotos e recortes publicados em jornais, revistas, livros e programas de TV.

– Ana Botafogo é a embaixatriz do balé brasileiro e representa muito além disso. Ela simboliza para o Brasil o que Alicia Alonso significa para Cuba, o que Margot Fonteyn foi para a Inglaterra. Ou seja: são referenciais do balé em seus países de origem -, diz Darling.

A exposição, que tem curadoria de Ernani Fonseca, já percorreu Rio de Janeiro, Recife e São Paulo. Em Joinville, a mostra ficará no Joinville Garten Shopping, de 8 a 20 de novembro. A entrada é gratuita. Depois de passar pela região, a coleção vai para Florianópolis e Brasília.

Continua depois da publicidade