Nesta terça-feira (7), o jornal A Notícia abriu uma exposição com 100 capas históricas que marcaram o jornal ao longo de um século. Os jornais estão expostos no piso térreo do shopping Mueller, no Centro de Joinville, e ficarão no local até o dia 21 de março. Em seguida, a exposição será levada para o Garten Shopping, também em Joinville.

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Aos amantes de história, acompanhar a exposição proporcionará uma viagem entre épocas. Sendo um dos veículos mais tradicionais de Santa Catarina, o AN tem relevância em todo país e acompanhou, em seus anos iniciais, acontecimentos a nível internacional.

Uma reportagem veiculada em 20 de julho de 1969, por exemplo, destacou a ida de astronautas à lua, além de registrar a Segunda Guerra Mundial. A nível nacional, registrou a visita do então presidente Getúlio Vargas em Joinville, em 1940, contou a história de Ottokar Doerffel em 2018 e contou a história do artista plástico joinvilense Juarez Machado.

Edição registra a idade de astronautas à lua, em julho de 1969 (Foto: Sabrina Quariniri/A Notícia)
Edição registra a visita de Getúlio Vargas a Joinville, nos anos de 1940 (Foto: Sabrina Quariniri/A Notícia)
Edição registra a história de Ottokar Doerffel, personalidade que dá nome à uma das ruas da cidade (Foto: Sabrina Quariniri/A Notícia)
Edição que conta a história de Juarez Machado, quando o artista completou 70 anos (Foto: Sabrina Quariniri/A Notícia)

Em registros mais recentes, cobriu desde a ascensão do JEC à Série A do Campeonato Brasileiro em 2015 à sua derrocada em 2020, quando ficou sem disputar nenhum campeonato. O jornal também ouviu a comunidade ucraniana que vive no Planalto Norte catarinense após um mês de início da invasão da Rússia na Ucrânia.

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Taciana Wilke Pires tem 24 anos e foi uma das primeiras a conferir a exposição. A assistente social conta que o pai assinava o AN e, desde criança, tem relação com o jornal e acompanha notícias diariamente. Ela saía da livraria ao lado quando resolveu prestigiar as capas antigas.

— Eu era criança e esperava todos os dias o jornaleiro. Quando demorava a entregar, já ficava preocupada achando que tinha acontecido algo com ele. Me lembro que, quando chegava, abria o pacotinho e tinha cheirinho do jornal. A mão ficava suja da tinta — lembra.

Depois de adulta, Taciana manteve o apego pelo papel e, nas horas vagas, entre uma aula e outra, frequentava a biblioteca da faculdade para folhear os jornais. Um dia, conta, ficou interessada em uma matéria de intercâmbio e pediu para a bibliotecária se podia levar a edição para casa.

No dia, no entanto, foi informada que precisaria esperar uma semana para poder levá-lo, já que aquela edição havia acabado de chegar e tinha que ficar exposta a semana toda.

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— Uma semana depois, voltei lá e peguei o jornal. Esses dias, encontrei ele e lembrei desse episódio na faculdade. Ainda não fiz o intercâmbio, mas o sonho permanece vivo — relata.

A jornalista Mariana Woj também fez questão de conferir o evento. Para ela, que circulou por entre as capas, são 100 anos que carregam diversas histórias.

Jornalista passou pela exposição na manhã de terça-feira (Foto: Sabrina Quariniri/A Notícia)

— Eu achei incrível a exposição, porque ela conta bastante da história não só do jornal, mas também da cidade, e do mundo até. É uma retrospectiva que vem como presente dos 100 anos do A Notícia, mas também pra população. Vale a pena vir aqui dar uma passada e conferir a exposição que está bem bacana — destaca.

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