Se nada mais sair errado, a ampliação do Aeroporto Internacional Hercílio Luz, em Florianópolis, ficará pronta exatos 10 anos após a apresentação do primeiro projeto em 2004. E, mesmo com tanto atraso, a totalidade das obras não estará disponível a tempo para a Copa do Mundo.
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Ainda falta fazer uma licitação e, no melhor dos mundos, a previsão da Infraero, estatal que administra os aeroportos, é de que tudo seja terminado somente em outubro, três meses depois da decisão do mundial, em 13 de julho de 2014.
Mas nem tudo é má notícia. Ontem, foi assinada a ordem de serviço para a execução da primeira etapa da ampliação. De acordo com o governo do Estado, as máquinas começam a trabalhar na próxima segunda-feira. Estão previstas a construção de um estacionamento para 1,8 mil carros, drenagem, acesso viário, pátio para 12 aeronaves e uma pista de taxiamento.
A última obra quase dobra a capacidade do aeroporto, afirma Jaime Parreira, diretor de Engenharia da Infraero. Ele explica que, hoje, existe apenas uma pista, por isso uma aeronave precisa esperar a outra manobrar até a cabeceira e levantar voo para só então chegar sua vez de se preparar. A pista de taxiamento paralela à principal permitirá que as duas aeronaves operem simultaneamente.
O investimento previsto para esta etapa do projeto é de R$ 117,1 milhões. A expectativa é finalizar as obras no prazo de 21 meses. O novo terminal para passageiros está incluído na segunda etapa de ampliação do Aeroporto Internacional Hercílio Luz.
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Ele terá capacidade para 6,7 milhões de passageiros por ano. A licitação será aberta em julho e vai ocorrer no regime Diferenciado de Contratações, sistema que agiliza a burocracia criado para a Copa. Se tudo ocorrer sem problemas, a ordem de serviço sai em outubro e demora dois anos para a ampliação ser concluída.
A estrutura existente hoje continuará funcionando e a capacidade sobe para 9,5 milhões de passageiros ano. A capacidade será suficiente para mais uma década, de acordo com o superintende da Infraero em SC, Antônio Filipe Brüggemann.
O governador Raimundo Colombo diz que é uma obra chave, com impacto positivo no turismo porque ajuda o Estado a receber uma seleção para treinar antes da Copa do Mundo. Durante o discurso, lembrou que a Infraero esteve no roteiro da primeira viagem para Brasília. Ele declarou, ainda, que, em reunião com a equipe do PAC, o terminal foi colocado com uma das prioridades junto com as BRs 101, 470 e 280.