Após participar de reunião extraordinária do Conselho do Mercado Comum (Mercosul), o ministro das Relações Exteriores, chanceler Celso Amorim, disse que o aprofundamento da integração regional seria um “remédio” para reduzir os efeitos da crise financeira internacional sobre os países da região.
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– A resposta ao problema da crise não é o protecionismo. Sobretudo, não é o protecionismo para dentro do Mercosul. É, sobretudo, mais integração. Há consenso de que a integração ajudou a mitigar os efeitos da crise internacional. Entendemos que o aprofundamento da integração é o remédio. Ressalvadas situações muito específicas, entendemos que a resposta é mais integração, mais comércio, menos subsídios e menos distorção – disse Amorim.
Reunidos em Brasília, os representantes do Mercosul (Brasil, Paraguai, Uruguai e Argentina), além dos países em processo de adesão, como a Venezuela, avaliaram que é preciso uma “reforma profunda e abrangente” da arquitetura do sistema financeiro internacional, além do estabelecimento de instrumentos que permitam “respostas concretas, imediatas e mais adequadas à crise”. Também destacaram a importância de manutenção de canais ágeis de comunicação por conta da crise financeira.
Celso Amorim não descartou a aplicação de mecanismos de defesa comercial já previstos pela Organização Mundial de Comércio (OMC), caso existam problemas de antidumping (despejo de produtos com o preço abaixo do mercado nacional) provenientes da China.
Segundo o ministro, “há um desejo forte, e concordância de todos, sobre a coordenação macroeconômica. Também houve concordância de todos os presentes sobre a necessidade de reforma da arquitetura, e procedimentos, do sistema financeiro internacional”.
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Com informações do site G1.
Entenda a crise nos mercados mundiais