O senador catarinense Esperidião Amin (Progressista) apresentou um requerimento para que o Senado vote a permanência do Coaf no Ministério da Justiça separadamente do restante da reforma administrativa. Na semana passada, ,a Câmara dos Deputados modificou o texto enviado pelo governo e realocou o Coaf no Ministério da Economia.
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Em entrevista ao Jornal da CBN desta segunda-feira (27), Amin disse que não há motivo para o Congresso ir contra ao Executivo nessa questão:
— O Congresso, através da Câmara, transformou essa questão da localização do Coaf em uma queda de braço, em prejuízo do próprio Congresso, pois chamou para si uma questão que leva, ao extremo, combater ou não a impunidade. A vitória na Câmara foi a vitória de Pirro: não ganhou nada e perdeu muito.
Amin afirma que há tempo para o projeto de reforma administrativa, uma vez alterado pelo Senado, voltar para a Câmara, sem risco de a MP caducar.
— O prazo é 3 de junho. Não há atropelo. O Senado deve votar nesta terça. A Câmara terá quarta e quinta para apreciar esse tópico. Dizer que não tempo é injusto com o Senado.
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Amin ignora o apelo do presidente Jair Bolsonaro, feito por meio de redes sociais, para que o Senado não mude o projeto aprovado pela Câmara, a fim de evitar o risco de que a Medida Provisória caduque:
— Eu não tomei conhecimento desse apelo. Não tomo conhecimento de apelo anônimo. Não acompanho “lives”. Acompanho o que chega ao Congresso. Se o governo quiser mudar, que mande uma mensagem para o Congresso.
Na entrevista aos jornalistas Mílton Jung, Cássia Godoy e Gerson Camarotti, Amin também comentou as manifestações de domingo:
— Se fizemos um balanço não numérico, mas qualitativo, não houve estragos. O direito de se manifestar é livre. Esse princípio foi respeitado dia 15 de maio e ontem também. Deu 0 a 0, com vitória para a democracia.
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Ouça a entrevista: