Amigos de Biguaçu se divertem em Corrida Maluca neste domingo

Não é só na ladeira da Vó Salvelina que os meninos se divertem descendo de carrinho. Em Biguaçu, dezenas de “Marco Véio” e suas famílias se reuniram neste domingo para a 2º edição da Corrida Maluca no Bairro Vendaval.

Embalados pela frase que viralizou na internet em que Leandro narra a descida do primo Marco morro abaixo na cidade de Taió, os nem tão jovens meninos “tacaram o pau” na ladeira da rua Arnaldo Bunn.

>> Corrida Maluca agita o bairro Vendaval, em Biguaçu

>> Conheça Marcos, o menino que é sucesso do bordão ‘taca-le pau’

>> Conheça Leandro, o dono da voz no “Taca-le pau, Marcos”

>> Sotaque carregado é influência dos imigrantes italianos

Apesar de alguns incidentes de percurso, ralados e arranhões, tudo correu com tranquilidade. Sacos com serragem, pneus, infláveis e equipe de segurança estavam na pista para evitar acidentes. O uso de capacete também é obrigatório. Antes do início de cada bateria, o “safety car” passava pelo pequeno trajeto, verificando se não havia nenhum obstáculo. O dono do jipe, André Ferreira, se divertia com a situação:

– Eu queria descer, mas tô com uma hérnia de disco e não posso, então vim aqui me divertir com os amigos ajudando – disse.

Para fazer os veículos, os participantes abusaram da criatividade, da sobra de materiais e se inspiraram no desenho animado. Geladeira velha, carrinho de supermercado, prancha de surfe até a carcaça de um jet ski viraram carrinho. No total, foram 15. Alguns pilotavam sozinhos, mas outros tinham co-piloto e até carona. O desafio maior foi conseguir fazer a curva e sair inteiro.

O organizador Joserlei Coelho conta que tudo começou como uma brincadeira no aniversário da esposa Geli, há cerca de três anos:

– Já temos esse grupo grande de amigos aqui em Biguaçu, então queríamos fazer uma coisa divertida, diferente e deu nisso. Mas é importante falar que o evento é beneficente, vai ajudar o asilo aqui do bairro – lembra.

Além dos pilotos, centenas de moradores do bairro, amigos e parentes foram prestigiar a corrida. Nas arquibancadas formadas em volta da rua, os suspiros de a aiii, uhhh, caiu, bateu, eram constantes entre as risadas e a correria toda vez que um carrinho virava.

Anfitriões levaram o maior tombo

A esposa de Coelho e anfitrião da festa, Geli Coelho, além de ajudar na organização também desce ladeira abaixo com emoção. Ela já havia pilotado por duas vezes o triciclo criado pelo casal, e quando ia na carona, com Coelho na direção, o carrinho virou e a mulher acabou ralando a barriga. E se engana quem pensa que a festa terminou depois do tombo. Os dois ainda riram de si mesmos:

– Acontece, mas não quebrou nada – riu Geli indo para o médico.

Diversão com objetivo de ajudar

Os amigos também preparam um grande carreteiro e venderam camisetas para o evento, e toda a renda arrecadada será doada para o Lar de Idosos Osvaldo Alipio Silva, no bairro Vendaval. No asilo vivem 39 idosos, e o custo da mensalidade não cobre todas as despesas. O coordenador Luis Fernando estava ajudando:

– É muito bom pra gente, pois todo mundo se diverte e nos ajuda. Temos 20 funcionários, e precisamos sempre de doações para conseguir dar conta de tudo – finalizou.