Uma adolescente de 17 anos é a segunda vítima de comentários racistas dentro de uma escola em Criciúma, no Sul de Santa Catarina. A menina é amiga do estudante chamado de macaco por colegas de turma em um grupo de WhatsApp, do qual ambos não fazem parte. A Polícia Civil investiga o caso.

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“Aquela macaca feia”, escreveu um dos colegas na rede social. Um emoji de banana e uma imagem de macaco aparecem na conversa, enquanto outro aluno comenta que a adolescente não vai passar no vestibular. 

“É mais provável eu passar no vestibular do que ela”, escreveu.

As duas vítimas são alunos do 3ª ano do Ensino Médio, na mesma escola. No primeiro caso, os agressores foram suspensos e trocados de turma, segundo informou o diretor do colégio ao Diário Catarinense. 

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Sobre os comentários contra a menina, a instituição foi procurada pela reportagem e não se posicionou até a publicação desta matéria. À NSC TV, a escola afirmou que está abordando o assunto em sala de aula e que não compactua com a situação. 

De acordo com a mãe da jovem, a família ficou sabendo dos ataques quando a namorada de um dos meninos, e amiga da vítima, viu as mensagens, fez print e enviou à ela, em julho deste ano. A adolescente segue abalada com a situação, e voltou a frequentar a escola.

O caso está sendo investigado pela Delegacia de Proteção à Criança, Adolescente, Mulher e Idoso de Criciúma. O delegado responsável, Rafael Lasco, afirmou que os envolvidos serão ouvidos nos próximos dias. De acordo com ele, uma linha de investigação ainda não foi definida. 

— A gente vai tomar os depoimentos e fazer coleta de provas para depois saber o que realmente aconteceu. Se foi tão somente injúria, injúria racial ou racismo. Apenas no decorrer da investigação, nós vamos poder dizer o que aconteceu. Ainda é muito cedo — diz.

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