As lojas Americanas entrou com pedido de recuperação judicial nesta quinta-feira (19). A empresa já havia sinalizado que não teria recursos suficientes para sanar todas as dívidas, que juntas somam R$ 43 bilhões. A quantia em caixa, segundo a companhia, está em R$ 800 milhões. As informações são do g1.
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De acordo com a companhia, parte do recurso está indisponível para movimentação desde a decisão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro que permitiu que o BTG Pactual bloqueasse R$ 1,2 bilhão da Americanas. O banco é um dos credores mais expostos à dívida da varejista.
Em documento, a empresa afirmou que o bloqueio dos recursos por parte dos credores tornaram a continuidade das operações do grupo “extremamente difícil por 30 dias”. Além do BTG Pactual, outros bancos se adiantaram na cobrança de dívidas com receio de travamento dos pagamentos.
“Mas a situação ficou ainda pior em razão dos consecutivos rebaixamentos de rating da Americanas, pelas agências de classificação de risco, o que fez com que os bancos se negassem a adiantar recebíveis de cartão de crédito, operação rotineira e historicamente feita pelo Grupo Americanas para capital de giro, drenando mais de R$ 3 bilhões do caixa da companhia”, afirmou a empresa no documento.
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Americanas admite que dívidas podem chegar a R$ 40 bilhões
Em nota, a Americanas afirmou que vai operar normalmente dentro das regras da recuperação judicial “cujo um dos objetivos principais é a própria manutenção de empregos, pagamento de impostos e a boa relação com seus fornecedores e credores e investidores de forma geral”.
A companhia informou também que o grupo de acionistas referência da empresa, formado pela 3G Capital Partners – dos sócios Jorge Paulo Lemann, Carlos Alberto Sicupira e Marcel Hermann Telles -, disse que pretende manter a liquidez da Americanas em patamares que permitam o bom funcionamento da operação de todas as suas lojas.
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