O bairro América não teria esse nome sem ele. Nem o Joinville Esporte clube existiria. A história do esporte e de parte de Joinville se funde a do América Futebol Clube. Fundado em 14 de julho de 1914, aniversário que completa neste fim de semana, o clube é, ainda hoje, o quinto em números de títulos do Campeonato Catarinense, mesmo longe dos gramados profissionalmente há mais de 30 anos. E a pretensão nem é voltar. Aos 99 anos, o clube que começou no futebol, agora, investe nos benefícios aos sócios.
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Foi na rua do Príncipe, na sala de espera do cinema Floresta, que o América Futebol Clube nasceu como um sonho de amigos. O clube, hoje com sede na rua Edgar Schneider, tornou-se um dos pais do JEC. Claudio Lopes, filho de um dos fundadores do América, ex-funcionário e membro do conselho deliberativo, explica que o nascimento do Tricolor foi um dos fatores que fez o clube virar a potência que é hoje.
– Na década de 70, Caxias e América estavam falidos. Os times foram falar com o João Hansen Júnior, da Tigre. Ele falou que estenderia a mão ao futebol da cidade, desde que fosse formado um time só – relembra.
Os dois clubes queriam que o JEC fosse jogar em seu estádio, mas como Hansen era caxiense, recorda Claudio, o JEC foi para o Ernestão. A escolha, de certa forma, beneficiou o América, que passou a investir na área social tão elogiada atualmente.
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O América deixou o futebol profissional e passou a investir nos serviços que hoje o tornam um dos clubes mais rentáveis da cidade. São cerca de 1.500 sócios, que no verão são 2 mil. Academia, três piscinas (duas semi-olímpicas), e uma delas coberta e climatizada, academia e uma galeria de serviços de salão de cabelereiro a clínica de massagem. Na parte esportiva, a tradição segue nas escolinhas de futebol e futsal, aulas de natação e assessoria de corrida.
Para Paulo Barbosa, diretor de futebol do clube, o abandono do futebol profissional manteve o clube financeiramente saudável até hoje.
– É um gasto muito grande, mas continuamos no futebol amador, na Primeirona – explica.
A virada no foco fez o clube manter público e sede jovens.
– O clube continua crescendo, pensando nos sócios.
Curiosidade do passado
Paulo Barbosa, diretor do clube, relembra uma das tantas histórias curiosas que coleciona sobre o América. Uma delas tem a estrela do rei Pelé, com apenas 16 anos. Era o primeiro jogo do então futuro rei do Futebol fora do Estado de São Paulo.
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O adversário, o alvirrubro do Norte catarinense. A partida aconteceu no dia 17 de fevereiro de 1957 e a história imortalizada até hoje é que um certo jogador do América, Euclides, chamou tanto a atenção do Santos que a diretoria do clube paulista pensou em trocá-lo pelo jovem Pelé.
De olho no futuro
Em 2014 o América alcança o centenário, mas a chegada dos 100 anos não o impede de pensar no futuro. As pretensões, segundo o presidente João Barbosa, são bem pontuais.
– A gente trabalha sempre para melhorar a qualidade do nosso serviço para os sócios e transformar tudo o que arrecadamos em benefício aos associados – avalia.
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Dentre as melhorias, João fala da vontade de tornar térmicas todas as piscinas do clube e avisa que o América planeja comemorar a data redonda durante todo o ano de 2014.