A Bovespa (bolsa de valores de São Paulo) acompanhou o nervosismo do mercado internacional e fechou em queda de 6,91%, aos 31.481 pontos nesta sexta-feira. Somente em outubro a bolsa de valores de São Paulo já acumula perdas de 36,45%. No ano, a queda acumulada chega a 50,72%.

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O dia foi marcado pela forte ameaça de recessão, acentuada após o anúncio de recuo o PIB da Grã-Bretanha. Segundo dados divulgados nesta sexta, o PIB britânico caiu 0,5% no terceiro trimestre em comparação com os três meses anteriores, o menor em 16 anos. O dado, combinado com anúncio de previsões pessimistas e cortes na folha de pagamento de empresas como a montadora americana Chrysler, derrubaram as principais bolsas européias. A bolsa de Londres fechou em queda de 5%, a de Paris, 3,54%, e a de Frankfurt, 4,96%.

No dia em que o crash da Bolsa de Nova York completa 79 anos, a bolsa de Nova York teve um dia que lembrou aquele vivido em 1929. O índice Dow Jones fechou em queda de 2,47%, e o Nasdaq, de 2,40%.

Na Ásia, a bolsa de Tóquio registrou baixa de 9,6%.

Ações do BC atenuam mas não impedem alta do dólar

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Depois de oscilações ao longo do dia tenso nos mercados internacionais, o dólar fechou em alta de 0,95%, cotado a R$ 2,327. Pela manhã, a alta chegou a 3,42%. O Banco Central (BC) realizou quatro leilões no mercado de câmbio à vista e futuro, mas não conseguiu conter o avanço.

Petróleo segue em queda

Outro sinal do agravamento da crise é a queda do preço do petróleo. A Opep decidiu reduzir sua produção de petróleo em 1,5 milhão de barris diários a partir do dia primeiro de novembro, para 27,3 milhões de barris diários (mbd). Mas apesar da medida, o preço do produto continuou caindo. Em Londres, o barril do tipo Brent recuou para 5,8%, para US$ 62,05, e o WTI fechou a US$ 64,15, menor nível desde maio de 2007.

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