Ambulantes começam jornada nesta segunda-feira e só devem parar às 7h do dia 1º de janeiro

O feriado de Réveillon é tempo de curtir as praias e as festas para muita gente em Florianópolis, mas também é a melhor época para se ganhar dinheiro para outros tantos. Em Jurerê, os vendedores ambulantes chegaram cedo nesta segunda-feira e só vão voltar para casa às 7h de terça-feira, dia 1º de janeiro.

Seu Paulinho conhece bem o movimento dos turistas em Jurerê. Desde 2002, ele trabalha como ambulante na praia do Norte, vendendo drinks e coquetéis. Ele garante que, em parceria com o irmão, consegue juntar uma boa quantia graças às longas jornadas que faz, acompanhando os dias de praia e as noites de festa na praia mais badalada da Capital.

– Temos que aproveitar o movimento dos turistas. Hoje, por exemplo, começamos às 6h e só vamos parar em 2013 – brinca o comerciante.

Segundo o vendedor, a manhã desta segunda-feira foi bastante movimentada, mas nem se compara com o que ainda está por vir. Paulinho espera atender mais de 2 mil clientes até as 7h do dia 1º de janeiro.

– A partir das 19h, o movimento não para. É ‘correria’ o tempo todo, mas não temos o que reclamar. A gente acaba ficando sem tempo até pra comer, vamos enganando o estômago com frutas e outras coisinhas. Mas aproveitamos o momento para ganhar o nosso dinheirinho – comemora seu Paulinho, que, na verdade, se chama Dirceu Antônio.

– O apelido é por causa de um tio. Ele começou o negócio e, quando demos continuidade, resolvemos manter o nome. Agora todo mundo já me conhece como Paulinho, não adianta querer explicar – comenta.

Outro que não terá folga neste feriado de Réveillon é Renato dos Santos. Vendedor ambulante de queijo coalho, ele chegou à praia de Canasvieiras por volta das 10h e não pretende voltar para casa antes das 5h de terça-feira. Segundo ele, o esforço e o cansaço são bastantes, mas a recompensa é valiosa.

– Em um dia assim, nós arrecadamos muito mais, até por causa das festas. Enquanto tem gente na praia, nós temos que estar circulando e fazendo o nosso trabalho. É bom pra gente e pros turistas também – conclui Renato.