Um socorrista foi flagrado usando irregularmente a ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) de Camboriú para fazer um concurso público na Univali, em Itajaí, no domingo. Outro funcionário, que também estava de plantão, foi visto no local acompanhando o colega. A denúncia foi feita à reportagem, por um leitor, que não quis se identificar. Segundo ele, os dois socorristas ficaram no local das 12h30min às 17h20min.

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O coordenador do Samu de Camboriú, Henrique Manoel Alves Mangoni, afirma que havia liberado o funcionário para prestar concurso público, mas que o uso da ambulância não foi permitido. De acordo com ele, a equipe está reduzida, pois alguns socorristas estão de atestado em função do recente assalto que ocorreu na base. Por isso, durante a ausência, o Samu de Balneário Camboriú cobriria as ocorrências na cidade. Ele não informou o nome dos envolvidos na denúncia.

– O Samu nunca fica desguarnecido, sempre tem uma unidade que cobre. Neste caso, avisamos com antecedência e Balneário iria atender às ocorrências. Ele estava liberado para fazer a prova, mas não para ir com a ambulância – explica o coordenador.

Mangoni diz ainda que o outro funcionário, que foi junto para Itajaí, também estava liberado, mas deveria permanecer na base em Camboriú, caso a equipe de Balneário precisasse de apoio. O coordenador garante que os dois serão sancionados administrativamente.

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– Uma junta da Secretaria de Saúde do município vai definir qual medida será aplicada – argumenta.

A secretária de Saúde de Camboriú, Márcia Freitag, ressaltou que não sabia da situação. Conforme ela, o Samu tem uma central de regulação e a secretaria apenas recebe um relatório mensal de produtividade. Márcia confirmou que a ambulância flagrada pelo leitor é de Camboriú e que as medidas necessárias serão tomadas, pois os funcionários são de responsabilidade do município.

– Vou investigar essa denúncia para tomar as medidas cabíveis. Ele não deveria estar utilizando o veículo para isso. Mesmo que fosse plantão dele, deveria ter trocado com outro profissional – completa Márcia.

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