Um relatório do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia revelou que a devastação aumentou nas áreas de preservação ambiental. A ONG Imazon analisou imagens de satélite dos nove Estados da Amazônia. Elas revelaram que, em maio, o desmatamento na região atingiu 294 km², o que representa uma queda de 26% em relação a maio do ano passado.
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O Pará foi o Estado que mais desmatou: 60% do total e os três municípios recordistas são paraenses: Altamira (76,57 km²), Novo Progresso (63,55 km²) e Itaituba (15,79 km²).
O número mais assustador do estudo, no entanto, é sobre a devastação em áreas de preservação ambiental.
Os pesquisadores afirmam ainda que em maio 19% do desmatamento na Amazônia ocorreu em unidades de conservação. São florestas, reservas e parques que deveriam estar protegidos.
– Estas áreas já não estão mais imunes ao desmatamento e isso é preocupante, porque foram criadas como garantia de que iam se manter intactas e tem obviamente um desafio ao estado de direito por parte dessas pessoas que estão desmatando, avisando claramente que não vão respeitar nem as reservas ambientais – declarou Adalberto Veríssimo, pesquisador da Imazon.
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A Floresta Nacional do Jamanxim, em Novo Progresso, sudoeste do Pará, foi a mais atacada. Lá, derrubaram 35 km² de mata.
Segundo o Ibama no Pará, a responsabilidade pela área é do Instituto Chico Mendes, mas o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, determinou que agentes do Ibama intensifiquem a fiscalização na região:
– Nós não temos que criar menos unidades de conservação, nós temos que equipá-las com mais gente e mais mecanismos de proteção, e cordões em torno, com atividades sustentáveis, ligadas ao eco-negócio, ao manejo sustentável para população viver com dignidade sem destruir a biodiversidade.
As informações são do Jornal Nacional.