A madrugada desta quita-feira foi quente para os consumidores de mídias digitais. Entrou no ar o site da Amazon, que iniciou as suas operações no Brasil com a venda online de 1,4 milhão de livros digitais. Desses, somente 13 mil são em português. Outra estreia foi feita com o site Google Play, que começou a vender filmes e livros eletrônicos.

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A companhia norte-americana Amazon fechou contrato com 90 editoras no país para o início do aguardado serviço. Na semana passada, a empresa finalizou acordos com a Companhia das Letras e com a Intrínseca, editora que detém o título Cinquenta Tons de Cinza, um dos mais vendidos no momento.

– Queremos ter milhões de leitores e vender milhões de títulos no país – disse David Naggar, vice-presidente de conteúdo do Kindle.

O leitor Kindle, que será vendido no site a R$ 299, ainda não está disponível para a compra, o que será possível “nas próximas semanas”.

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Sem o Kindle, os títulos do catálogo da Amazon poderão ser baixados e lidos em outros dispositivos, como tablets, smartphones e PCs. Os aplicativos para leitura são gratuitos e estão em português.

Poucas horas antes da loja virtual da Amazon entrar no ar, o Google também estreou seu serviço de vendas de livros eletrônicos, o Google Play. O site colocou no ar 10 mil livros digitais em português e mais algumas centenas de filmes para baixar ou alugar.

O Google Play, que substitui o Android Market, fechou com “quase todas as livrarias” brasileiras. Entre as grandes, falta ainda assinar contrato com a Companhia das Letras. O catálogo do Google Play conta ainda com 25 mil títulos em outras línguas e mais 2 milhões de títulos gratuitos em diversas línguas.

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Trata-se de um acervo digitalizado pelo próprio Google e que é formado por obras que caíram em domínio público. O vice-presidente global de Android, Hugo Barra, destacou a exclusividade e a gratuidade do acervo.

Segundo o executivo, o Brasil entrou na lista de prioridades do Google Play devido ao crescimento do sistema Android no país. Para Ricardo Feith, diretor-geral da editora Objetiva e presidente do conselho da Distribuidora de Livros Digitais (DLD), que reúne sete editoras, a estreia do Google é positiva por dar alternativas ao varejo brasileiro.

O acervo de filmes do Google Play ainda está na casa das centenas, mas a empresa diz que vai adicionar mais diariamente. Para o ano que vem, a empresa quer estrear na venda de música, revistas e seriados de TV.

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