Nada mais triste do que ver a decepção da galera. Nada mais desagradável do que a incompetência. Apesar da dificuldade, havia uma esperança de classificação baseada em cima de uma superioridade que acreditávamos e que não foi confirmada. Foi um erro em cima do outro a partir da escalação do time. O torcedor fez a sua parte e o time não correspondeu. É preciso descobrir o porquê. A derrocada Perder ou ganhar faz parte da regra do jogo. A forma como isso acontece é que precisa de uma explicação. E não foi uma simples escalação equivocada. Um elenco de enganos, segundo a nossa opinião. Exemplo: o salto alto continuou e as entrevistas impondo o já ganhou. Treino secreto ganha jogo? Para alguns, o time estava entrando na era do imbatível. Crescimento administrativo, organização, implantação do clube-empresa, nada disso ganha jogo, mas alguns acreditaram que sim. O comandante O técnico Luiz Carlos Cruz entrou para a história. Inaugurou a câmara digital do Jurandir Silveira, um dos mais experientes fotógrafos da empresa. Detalhe: preocupado com uma possível chuva durante o jogo, Cruz não largou seu pequeno guarda chuva o tempo inteiro. Foi o bastante para que um torcedor perguntasse: “Como vencer com um técnico que tem medo até da chuva?” Acrescento: “tereria” o Cruz medo, também, da chuva de gols que o Figueira precisava fazer? Clima tenso 1 O presidente da Federação Catarinense, Delfim Peixoto Filho, foi prestigiar o seu filiado no Orlando Scarpelli como faz com todos. Na saída, um torcedor irritado com a eliminação partiu para ofensa e lascou: “Seu safado.” Delfim encarou a figura, mas não esperava o pior. O cara é lutador de jiu-jitsu. Precisou a turma do deixa pra lá intervir. E uma turma grande, hein? Clima tenso 2 O presidente seguiu em frente e deixou o estádio. Do lado de fora, nova confusão. Ofensas, pedidos de CPI na Federação e até acusações de lavagem de dinheiro contra o presidente da FCF. Não é por nada não, mas, afinal, qual a culpa do Delfim Peixoto Filho na eliminação do Figueirense? Muito pelo contrário, foi um dos fiéis batalhadores na CBF pelo time alvinegro. Falta de prestígio A CBF divulgou ontem a escala dos árbitros para os jogos deste fim de semana até segunda-feira à noite. Envolvendo os módulos Azul, Amarelo, Verde e Branco, serão 19 jogos e nenhum catarinense vai trabalhar. Armandinho deve andar meio brabo. Ação rápida O Avaí agiu rápido. Ontem à tarde mesmo já saiu a primeira lista de dispensas do elenco. Flávio Félix tomou a iniciativa de limpar o grupo e revelou que apenas três jogadores que não pertencem ao clube interessam ao Avaí. Marquinhos Rosa, Fábio Amaral e Daniel. Exceção aos garotos da casa, os demais – como Guará – começam a acertar sua saída.
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