Ostentando o título de “feijão dos Andes”, o amaranto é um grão ainda pouco conhecido de muitos brasileiros. Rico em nutrientes, especialmente proteínas e aminoácidos, o alimento pode ser usado para enriquecer preparações e até como substituto da farinha.

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Quando comparado ao arroz, ao milho e ao trigo, o amaranto chama atenção pelo teor de proteínas em quantidade e qualidade.

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— A proteína do amaranto é equilibrada nos aminoácidos essenciais, podendo ser comparada com proteínas nobres como a da caseína do leite — garante o professor de Agronomia e Medicina Veterinária da Universidade de Brasília (UnB) e ex-pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) Carlos Roberto Spehar.

Outros destaques são as fibras e os minerais, como cálcio, ferro, magnésio e fósforo, encontrados no pequeno grão. Segundo a nutricionista funcional Fernanda Scheer, as fibras auxiliam a regular o intestino e aumentam a sensação de saciedade. Além disso, o amaranto é livre de glúten, sendo uma boa opção para celíacos.

Brasil produz pequena quantidade de amaranto

Alvo de diversos estudos científicos, o amaranto também é apontado como auxiliar no controle do colesterol LDL, o que é considerado ruim para a saúde. Fernanda explica que as proteínas, fibras e óleos presentes no grão são eficazes para prevenir a aterosclerose e outros problemas cardíacos:

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— Este grão tem um antioxidante chamado esqualeno, que inibe a produção da enzima responsável pela síntese do colesterol ruim, sem prejudicar a produção do colesterol HDL (bom).

Comercializado na forma de grãos, farinha ou flocos, o amaranto é uma planta muito popular na região andina, no México e Guatemala, onde é cultivado há milênios, conforme Spehar. Aqui no Brasil, o grão foi introduzido em meados do ano 2000, por incentivo do professor:

— Sempre tivemos interesse em diversificar a produção agropecuária para reduzir pragas e doenças e variar na entressafra. Então, surgiu a ideia de introduzir o amaranto e a quinoa.

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Apesar dos investimentos com distribuição de sementes a agricultores, não há uma estimativa de quantos hectares de amaranto existam no Brasil. Para Spehar, é uma questão cultural: nas regiões onde o amaranto se originou, não é preciso convencer os produtores a plantar o grão. Enquanto isso, por aqui, não há uma cadeia produtiva definida para a semente e a demanda é restrita.

Ingredientes:

3 bananas prata

2 ovos

3 col de sopa de óleo de coco ou manteiga ghee

1/2 xícara de açúcar mascavo ou demerara ou stévia em pó

1 xícara de amaranto em flocos

1/2 xícara de castanha do pará triturada (triture um pouco a mais para untar a forma)

4 col de sopa de uva passa

1 col de chá de canela em pó

1 xícara de leite vegetal (de arroz, coco, aveia ou amêndoas)

1 col de sopa de fermento químico

Modo de fazer:

Bata no liquidificador as bananas, os ovos e o óleo ou manteiga.

Adicione o amaranto, o leite, o açúcar/adoçante, as castanhas e a canela.

Por fim o fermento em pó.

Incorpore as uvas passas.

Unte uma forma com manteiga ghee e polvilhe as castanhas trituradas.

Acrescente a massa e asse em forno médio por aproximadamente 40 min.