A amizade e a paixão em comum por vinhos uniram, há cinco anos, o grupo de quase 30 mulheres que formam a confraria joinvilense Clube Divino – nome que faz uma brincadeira com a palavra vinho em italiano e o caráter divino da bebida, cuja criação a mitologia atribui aos deuses Baco e Dionísio.
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Com uma proposta democrática, como ressalta uma das integrantes e idealizadora do grupo, a jornalista Malú Salgueiro, 49 anos, o objetivo é degustar bons vinhos, mas com preços acessíveis. Por isso, os encontros são regados a bebidas de qualidade, mas nada de rótulos com valores exorbitantes.
– A ideia é encontrar um vinho com bom custo-benefício
Foi ela quem teve a iniciativa de reunir essas mulheres para aprenderem juntas mais sobre a bebida. Apesar da descendência portuguesa, Malú havia descoberto o gosto pelo vinho há poucos anos e ficou motivada a montar a confraria.
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Ela, então, chamou mais quatro conhecidas, que aceitaram o convite de imediato. Uma delas era Anne Ehlert, de 56 anos. Ela conta que começou a gostar da bebida durante uma temporada na França, aos 20 anos. Ela viajou para estudar e acabou trabalhando em uma vinícola cortando uvas de mesa, uma variedade da fruta usada na produção da bebida.
– Foi assim que me interessei pelo vinho e depois ainda me casei com um homem que gosta muito também
Depois, outras enófilas foram integrando a confraria, como a empresária e sommelière Nicole Bogo, 40 anos, normalmente a responsável pela escolha dos vinhos e temas que norteiam os encontros.
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Além de ter se especializado no assunto, ela também gerenciou uma vinoteca em Joinville, que funcionou de 2007 a 2009, na antiga Piazza Italia.
Foi por intermédio de Nicole, aliás, que a bancária Marilene Bortolini Parisi, de 54 anos, uma das confreiras mais recentes, descobriu o grupo há três meses. Marilene mudou-se recentemente para Joinville e foi participar de uma degustação. Lá conheceu a sommelière e, por causa do interesse pelo vinho, foi convidada a tornar-se membro do Clube Divino.
– É um encontro de amigas com o mesmo objetivo
Os encontros ocorrem uma vez por mês e não existe muita formalidade.
– É uma confraria mais descontraída, divertida. Acredito que é uma maneira de fomentar a cultura do vinho em Joinville – observa Nicole.
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– Para ser uma integrante, basta ser indicada por uma de nós e amar vinho -, acrescenta Malú.