Longe da bola, mas não do futsal. O ala Alvinho, depois de 22 anos atuando por times só de Florianópolis, decidiu largar as quadras para se aventurar no escritório. Agora, ele é o responsável administrativo e financeiro do Floripa Futsal. Na nova função, além de dois celulares e um computador a tiracolo, ele também busca patrocinadores para a equipe.
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Alvaro Millen da Silveira Neto, 32 anos, começou a carreira no Colegial e, mais tarde, migrou para o Florianópolis Futsal. Já atuando na nova função, ele explicou os motivos de ter largado a quadra.
– Foi um pouco de desgaste, muito tempo jogando, viagens, treino final de semana e poucas folgas. Com o tempo, fui querendo uma coisa mais tranquila – revelou.
Além de jogar, Alvinho já vinha fazendo, aos poucos, essa função administrativa, mesmo sendo formado em Ciências da Computação. A parte física também pesou para a decisão de parar, segundo ele.
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– Tenho uma lesão crônica no púbis que me fez fazer três longas paradas. Neste ano, fiquei seis meses sem jogar. Além de treinar, ainda tinha que fazer reforço físico e vivia só em função da equipe – justificou.
Cidade e resultados ajudam
Quase sempre com um telefone na orelha, negociando com jogadores, imobiliárias ou possíveis patrocinadores, Alvinho contou o motivo de, atualmente, não ser tão difícil trazer um jogador para atuar no time.
– A cidade e a equipe, que tem uma imagem competitiva fora, ajudam muito – explicou.
Nos últimos quatro anos, o time foi duas vezes semifinalista da Liga Futsal. Mesmo que não tenha sequer a metade do orçamento de times como a Krona, de Joinville, e Orlândia (SP). Há outro problema, além do time: a falta de um ginásio grande.
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– O único ginásio que compreende o padrão da Liga é o do Instituto Estadual de Educação. Uma capital não ter uma arena multiuso é até vergonhoso – lamentou.
Longe de ser técnico
Comandar o time à beira da quadra, como fez por mais de 30 anos Valci Moreira, presidente do clube, não está nos planos de Alvinho. Muito menos ser supervisor, cargo hoje do ex-atleta Rodolpho Schlickmann.
– Técnico e supervisor eu não tenho vontade. Quero uma coisa um pouco diferente do que vivi.