O Avaí não fez nada para merecer, sequer, o empate ontem à tarde no Estádio Orlando Scarpelli. A vitória foi justa, irretocável e premiou a equipe que teve melhor desempenho tático. Vágner Benazzi acabou brilhando mais que Humberto Ramos. Mas os torcedores do Avaí precisam ter consciência de que nada está acabado. Foi um resultado ruim, mas pode ser considerado fora de casa para os avaianos, que têm todas as condições de se recuperar. Já os alvinegros devem comemorar. Claro que uma vitória em clássico tem sabor especial e pode motivar, e muito, um grupo na arrancada por uma grande campanha na Série B. O Figueira começou aos trancos e barrancos, trocou de técnico – parece ter acertado – e tem tudo para engrenar de vez. Bola parada Nos detalhes, se vence uma partida. Claro que o volume de jogo, a postura tática, a qualidade individual fazem a diferença, mas a postura do time em lances de bola parada também é um fator importantíssimo. Uma das principais críticas que se fazia ao técnico Gilmar da Costa era justamente a falta de organização neste tipo de lance. Bastou dois jogos e já se vê um incremento do Figueirense nesse aspecto e que, no confronto de ontem, foi simplesmente decisivo. Líder O Joinville, num jogo tenso e cheio de alternativas, garantiu em casa uma vitória de extrema importância diante de um rival que valorizou ao máximo a chegada do tricolor bicampeão catarinense no posto de liderança isolada da competição. Parece que a equipe montada no Norte do Estado encontrou um ritmo e vai dar ainda muita alegria ao seu torcedor. Vamos conferir. Positivo A festa do futebol é algo que realmente transforma uma cidade. Como é lindo ver um estádio lotado, a rivalidade, a confraternização. O churrasquinho, o deslocamento, os gritos na arquibancada, a festa, o nervosismo e mais um clássico na vida de todos nós. É o maior clássico de Santa Catarina e os principais artífices desta condição são as duas apaixonadas torcidas, que só engrandecem e garantem um futuro próspero a Avaí e Figueirense. Negativo Por mais que se critique a pressão que setores da imprensa exercem sobre o técnico do Criciúma, Luiz Gonzaga Milioli, não se pode concordar nunca com atitudes como a greve de silêncio promovida pelos jogadores do Criciúma, que não falam às emissoras e repórteres locais em desagravo ao técnico. Pensam estar penalizando a A ou B, mas na realidade estão se distanciando, jogadores e comissão técnica, dos seus torcedores, que são os mais prejudicados. Bom empate Para um Marcílio Dias que montou um time às pressas, até que estrear com um empate na Série C do Campeonato Brasileiro não é um mau começo. Esperamos, aos poucos, conhecer um pouco mais do Marinheiro. Merecido Brusque, de grande tradição em Santa Catarina, demonstra que está retomando seu passado de glórias ao chegar à final do primeiro turno. Já o Atlético de Ibirama fez o dever de casa e despachou o forte Caxias, de Joinville
Continua depois da publicidade