A vitória de 2 a 1, fora de casa, do Figueirense, deu ao alvinegro a autoridade e o combustível que faltavam para o time ganhar respeito dos demais concorrentes e, de lambuja, passar a acreditar definitivamente no seu potencial na competição. Foi impressionante a quantidade de gols que o Figueira desperdiçou. Quase foi punido por isso, levando um gol de empate justamente quando tinha um homem a mais em campo. Mas valeu a determinação de um time que parece ter compreendido que, se quiser almejar uma vaga na Série A, é preciso reagir a qualquer situação adversa. Mesmo com a vitória, ficou claro que Abimael não vem correspondendo. Era o jogo para o atacante comprovar sua eficiência. Este é um detalhe preocupante para uma equipe que vem sofrendo com lesões no setor de armação ofensiva e no ataque. Uma pena que o Caxias esteja, igualmente, em grande fase, impedindo o Figueirense de assumir a liderança. 100% O Avaí voltou a ter dificuldades em seu jogo de ontem à noite. Com todos os problemas surgidos e, desta vez é preciso reconhecer que o técnico demorou demais a mexer no time, ainda assim a equipe manteve a invencibilidade em casa. O problema do Avaí continua sendo o meio-campo de pouca inspiração e muita dificuldade técnica. Com isso, os homens de frente participam pouco pela falta de abastecimento. Mas, a esta altura o que vale mesmo são os pontos. Dos males, o menor O Joinville não esperava um jogo tão disputado e sobretudo equilibrado. O Serra surpreendeu e apresentou um futebol até então desconhecido. Só permitiu o empate aos 36 do segundo tempo. O JEC, sem fazer uma grande partida, acabou sendo salvo pelo gongo com um gol do atacante Róbson. Nas circunstâncias, o empate acabou sendo um bom negócio. Vai pra guerra Beto Ferreira, auxiliar-técnico de Celso Roth no Palmeiras, não gostou muito, mas vai ter que encarar. Será o técnico da equipe B que vai excursionar por 18 dias na Índia, vizinha ao Afeganistão. Me faz lembrar o dia em que um soldado da PM invadiu o estúdio da televisão para protestar salário. Beto estava lá, foi o que mais tremeu. E agora? Homem forte O atleticano Mario Celso Petraglia, envolvido no escândalo da arbitragem no Brasileiro de 1997, está mais forte do que nunca na CBF. Foi um dos principais responsáveis pela manutenção do jogo entre Brasil x Chile em Curitiba. Será dia 5 de outubro, às 16h, no Couto Pereira. Sacada A decisão de confirmar o jogo para Curitiba é mais uma tentativa de Ricardo Teixeira agradar dois adversários fortes: o senador Álvaro Dias, presidente da CPI do Futebol, e Onaireves Moura, eterno presidente da Federação Paranaense, que ameaçou abandonar Teixeira se o jogo fosse tirado de Curitiba. Eleição Vou insistir num assunto já focalizado na coluna. O presidente Delfim Peixoto Filho tem mandato a cumprir na FCF até 2004. Por problemas de saúde e, por recomendação médica, não deverá continuar à frente do futebol. Ocuparia um cargo na cúpula da Liga Nacional ou na CBF, dependendo de como ficará a situação até lá. O novo presidente da FCF, anotem, será o representante de um clube apoiado pela Associação. Uma boa O decreto que regulamenta a Liga Nacional, enviado pelo ministro dos esportes, Carlos Melles, sofreu uma alteração. A advocacia geral da União diminuiu de três para dois anos o mandato do presidente e do vice. Melhor ainda, só poderá haver uma reeleição. A medida valerá apenas para a Liga Nacional não atingindo clubes.
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