O sambaqui artificial montado especialmente para proporcionar a experiência da escavação para estudantes aguçou a curiosidade da turma do 6º ano da Escola Básica Professora Jandira D’Ávila, na manhã desta sexta-feira, em Joinville. A atividade é uma novidade do Museu Arqueológico de Sambaqui e tem como objetivo aliar a teoria com a prática. A estudante Ana Paula Geremias, 12 anos, surpreendeu-se depois de aprender como funciona o processo de escavação.
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– Eu pensei era feita com uma pá grandona, mas não é – conta Ana Paula.
A educadora do museu, Flávia Antunes de Souza, explica que a escavação realmente é feita com uma pá, mas de pedreiro, que é menor e corre menos risco de atingir e quebrar um artefato. Ela diz que a proposta do sambaqui artificial é justamente mostrar a realidade arqueológica, pois há muitas fantasias sobre esse universo.
Além disso, Flávia percebeu que a experiência envolveu mais os alunos e que o nível de questionamentos foi maior, se comparado com as visitações da época que a atividade ainda não existia. A professora de história da turma do 6º ano, Gisele Cristina dos Reis, ressaltou que a experiência é enriquecedora e que os estudantes assimilam de forma mais rápida o conteúdo quando eles podem vivenciá-lo.
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O sambaqui artificial mostra que o museu também é um espaço para pesquisas e não apenas de contemplação das peças e objetivos. Depois da descoberta e retirada dos artefatos, os alunos fazem a interpretação deles. A partir dessa experiência, são discutidas questões como qualidade de vida, diversidade cultural, ideia de sepultamento e tecnologia.
– O programa de educação existe há mais de 20 anos no museu, mas ele foi repensado com intuito de tornar a visitação mais atrativa – explica Flávia.
Todas as escolas podem levar os estudantes para participar da atividade, mas é necessário fazer o agendamento prévio.
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